Tecnologias inovadoras na supply chain reduzem desperdício de alimentos

Uma cadeia de abastecimento ineficiente é uma das principais causas de desperdício de alimentos. Quase um terço da produção global de alimentos acaba por ser desperdiçada. Segundo o World Economic Forum essas perdas levam a custos adicionais de procurement e distribuição, obrigando as empresas e os consumidores a gastarem mais em produtos alimentares.

A perda de alimentos pode ser o resultado de uma série de circunstâncias, nomeadamente a falta de espaço na cadeia de frio. Uma maior implementação de tecnologias de IoT pode ser a solução que a cadeia de abastecimento de alimentos precisa.

O relatório forneceu cinco possibilidades de como as diferentes tecnologias poderiam ajudar a diminuir a perda de alimentos:

  • a utilização de sensores pode melhorar a segurança alimentar, a qualidade e a rastreabilidade em 5% a 7%;
  • a blockchain pode melhorar a rastreabilidade em 1% a 2%;
  • a IoT pode aumentar a visibilidade e rastreabilidade em tempo real em 1% a 4%;
  • a distribuição móvel pode reduzir as perdas em 2% a5 %;
  • e as tecnologias microbianas (tecnologias que melhoram a resiliência das culturas) podem reduzir as perdas em 15 a 2%.

“Além das oportunidades de redução de custos”, diz o relatório, “essas melhorias de eficiência também possibilitam aumentar a velocidade com que os alimentos se movimentam ao longo da cadeia de abastecimento, reduzindo os custos incorridos pela deterioração dos alimentos e criando melhorias na cadeia de abastecimento, aumentando a sua capacidade para enfrentar aumentos na procura futura por alimentos e melhorar a sustentabilidade “.
Também um relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) chegou à conclusão que uma maior implementação de tecnologia ao longo da cadeia de abastecimento pode ajudar a reduzir perdas e desperdícios. No entanto, as estratégias de longo prazo devem ter em atenção onde é que o problema está a ser abordado.
“Em países não desenvolvidos, as soluções devem, antes de tudo, ter uma perspectiva de produtor, por exemplo, melhorando as técnicas de colheita, a educação dos agricultores, as instalações de armazenamento e as cadeias de frio”, disse a FAO. “Nos países industrializados, por outro lado, os benefícios ao nível da indústria e produção seriam apenas marginais se medidas de educação do consumidor e ao nível de gestão eficiente de stocks no retalho não estivessem em vigor”.

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