A Garland Transport Solutions (GTS) registou um crescimento no seu volume de negócios para o Reino Unido desde o Brexit. Nos primeiros oito meses deste ano, a empresa assinalou um incremento na ordem dos 43%, quando comparado com igual período de 2020. Também face ao período homólogo de 2021 se registou um crescimento de 26%.
Com o início do Brexit, em janeiro de 2020, a Garland Transport Solutions preparou a sua estrutura no sentido de se adaptar e ajustar às mudanças impostas pelo Reino Unido, pelo que “foi formada uma equipa com competências nesta área para absorver o aumento de volume dos despachos alfandegários, como explica a empresa. A Garland dispõe de armazéns alfandegados em Lisboa (Abóboda) e Maia, que são áreas autorizadas pelas entidades alfandegárias, o que facilita a entrada de cargas para exportação, esperando a conclusão do despacho antes do carregamento e o mesmo acontece na importação, em que as cargas são descarregadas no armazém, só sendo feito a distribuição após a conclusão do despacho.
Por outro lado, a GTS promoveu ações junto dos seus clientes em Portugal e no Reino Unido para que as questões relacionadas com a documentação necessária para fazer o despacho alfandegário fossem acauteladas atempadamente. Quase todos dos dias da semana, a empresa tem saídas de camiões para o Reino Unido, incluindo camiões expresso com dois motoristas.
De referir também que a GTS tem o apoio de um agente em solo britânico, um parceiro especializado em sistemas eletrónicos compatíveis com a alfândega do Reino Unido e que está encarregue de despachar envios para Portugal. Este agente, permite à GTS disponibilizar serviços regulares de e para Londres, Birmingham, Bradford e Manchester, os principais pontos industriais do Reino Unido. O parceiro tem também armazéns alfandegados, assim como escritórios especializados em despachos nos portos, incluindo Dover e Portsmouth. “Esta parceria tem gerado benefícios para os exportadores e importadores, quer em Portugal quer no Reino Unido”.
Segundo Giles Dawson, administrador da área de transportes da Garland: “Se no princípio existiram muitas dificuldades, pelo pouco tempo para importadores, exportadores e entidades alfandegárias se prepararem para uma transição suave, atualmente os intervenientes estão adaptados aos procedimentos e os movimentos entre os dois países decorrem com fluidez e normalidade, tendo sido ultrapassados os constrangimentos iniciais causados pelo Brexit.”
Recorde-se que o Brexit originou várias mudanças como o fim da livre circulação de pessoas, a imposição de controlos aduaneiros e a limitação de serviços que anteriormente aconteciam sem grandes restrições.