McDonalds no Reino Unido sem batidos devido a problemas na supply chain

Os batidos foram retirados dos menus nos restaurantes da Mcdonalds em Inglaterra, na Escócia e no País de Gales, após a empresa ter sido afectada por problemas logísticos. A empresa também tem sentido dificuldades em manter os seus 1.250 restaurantes abastecidos de bebidas engarrafadas.

Segundo apurou o “The Guardian” as falhas devem-se à falta de condutores de camiões, devido às regras de imigração pós-Brexit, e às restrições da Covid-19. A McDonalds afirmou estar a trabalhar de forma árdua para recolocar nos menus os artigos em falta o mais depressa possível.

Mas os problemas não afectam apenas esta cadeia de restaurantes. A Nando´s, empresa que vende frango de churrasco de inspiração portuguesa, teve de fechar cerca de 50 restaurantes devido à falta de frango. Neste caso o problema é da falta de mão de obra nos seus fornecedores e também a falta de motoristas. Por sua vez a KFC, declarou que devido a problemas na supply chain, não tinha disponíveis alguns produtos do seu menu.

Um porta voz da McDonalds disse que o grupo, como muitos outros retalhistas, estava a ser afectado por problemas na supply chain que impactavam um pequeno número de produtos. Mas os problemas nestas cadeias de restaurantes são apenas os mais recentes que estão a afectar vários sectores. As falhas nas prateleiras dos supermercados devem continuar ainda por alguns meses, a não ser que o governo Britânico faça mais para resolver o problema das empresas de transporte, avisaram os fornecedores. Alguns fabricantes também têm reportado aumentos nos custos das matérias-primas.

A falta de motoristas de veículos comerciais pesados e ligeiros qualificados, agudizou-se com o Brexit e a actual pandemia que está a impedir os grossistas de colocarem os produtos nas lojas.

As organizações que representam os sectores da logística e transporte já tinham avisado que Agosto seria um mês complicado por causa das férias de verão e que a oferta de bónus na assinatura de contratos para tentar recrutar motoristas não estava a ajudar a resolver a questão.

As associações que representam empresas nos sectores do retalho e transporte, têm estado a pedir ao governo para rever os planos de não conceder vistos de trabalho temporário aos motoristas oriundos da UE, já tendo para o efeito escrito ao Secretário da Economia, Kwasi Kwarteng, a dar conhecimento dos problemas.

 

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