“Optimizar da primeira à última milha quando a eficiência na execução é determinante”

A cadeia de abastecimento continua a enfrentar pressão em resposta ao crescimento do comércio electrónico, aos mercados globais exigentes e às expectativas dos clientes. Com a pressão e a incerteza adicionais causadas pela COVID-19, a eficiência na execução é mais crucial do que nunca. A análise é da Zetes que no seu mais recente ebook, Optimizar da primeira à última milha quando a eficiência na execução é determinante, explora as razões por detrás das entregas falhadas e o custo para os retalhistas e para o ambiente.

Segundo a empresa de tecnologia, durante o confinamento em 2020, 65% das vendas foram efectuadas online, em comparação com 34% antes da crise. Contudo, refere que 78% dos clientes ponderariam não voltar a utilizar um retalhista se uma entrega falhasse ou chegasse atrasada três vezes e que 62% dos retalhistas não têm acesso a dados inteligentes em tempo real.

Sobre o impacto da pandemia, a Zetes explica como os líderes de mercado estão a alcançar a excelência nas entregas sustentáveis através de tecnologia que melhora a capacidade humana.

Exigências incessantes dos clientes

A COVID-19 acelerou a mudança das lojas físicas para as compras online, com seis em cada dez consumidores a referir que vão continuar a comprar online no futuro. Para se manterem competitivos, os retalhistas estão sob pressão para oferecerem entregas rápidas e actualizações em tempo real. «No entanto, num mercado de comércio electrónico em rápido crescimento, as taxas de primeira tentativa de entrega falhada podem chegar aos 20%.»

Esta situação conduz a consequências financeiras para a marca e ambientais, como explica a análise. «O retalhista ou motorista terá, provavelmente, de suportar o custo das entregas falhadas (cerca de 15 euros por entrega) e a fidelização dos clientes também fica comprometida. São geradas 420.000 toneladas de CO2 pelos veículos de entrega exclusivamente para efectuar novas tentativas de entrega.»

Quanto às soluções, da primeira à última milha, todos os pontos de contacto na cadeia de abastecimento representam uma oportunidade para optimizar a entrega. «Os líderes de mercado alcançam uma execução sem falhas ao ganharem o controlo através de tecnologia dimensionável que melhora a capacidade humana e partilha de dados». A Zetes aponta algumas soluções tecnológicas a considerar como a automação, tecnologia de picking por voz baseada na visão e multimodal, soluções de prova de entrega electrónica (ePOD, electronic Proof Of Delivery) de próxima geração, análise preditiva e gestão proactiva de alertas.

Tiago Conceição, especialista em soluções de transporte na Zetes comenta que: «As cadeias de abastecimento modernas são complexas e multi-níveis. À medida que o volume das parcelas e as exigências dos clientes aumentam, a mitigação das entregas falhadas é crucial para um futuro sustentável. A pandemia está a criar oportunidades de comércio electrónico a longo prazo, mas apenas para os retalhistas que priorizam o investimento tecnológico na visibilidade e no controlo da cadeia de abastecimento.»

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