As empresas de vestuário com sucesso no futuro serão aquelas que vão liderar a cadeia de valor em duas frentes: o nearshoring e a automação, ambas abordadas de forma sustentável. Para prosperarem, as marcas de vestuário e os retalhistas na Europa e nos Estados Unidos não podem continuar a fazer negócios como faziam, segundo a consultora McKinsey & Company.
Devido à estagnação dos mercados ocidentais e à Internet, a concorrência é mais forte e a procura do consumidor é mais difícil de prever. As marcas e retalhistas de vestuário do mercado de grande consumo estão a competir com empresas iniciantes on-line, sendo que as mais bem sucedidas podem replicar novos modelos e fazê-los chegar aos clientes dentro de poucas semanas. Na maioria das categorias nos mercados de grande consumo, as tendências mais recentes de hoje são determinadas por influenciadores e consumidores individuais, e não pelos departamentos de marketing das empresas de moda. A pressão sobre a rentabilidade devido à redução do preço de venda total, bem como as crescentes preocupações com o impacto ambiental da superprodução, exigem uma produção ágil em lotes menores e com reposição ditada pela procura.
À luz destes factores, a velocidade de entrada no mercado e a reactividade na estação são agora mais importantes do que nunca para o sucesso dos players no mercado de vestuário. De facto, quase dois terços dos executivos norte-americanos de vestuário e cerca de 80% dos directores de compras internacionais dizem que essas duas capacidades são as principais prioridades. O problema é que a maioria dos fashion players estabelecidos está sobrecarregada com processos de procurement lentos e configurações de supply chain desadequadas e, consequentemente, lutam por tentar acompanhar concorrentes mais ágeis.
Marcas e retalhistas de vestuário de grande consumo não podem vencer na próxima década sem acelerarem e adoptarem um modelo focado na procura. As empresas de vestuário estão a aplicar quatro metodologias-chave para operar essa transformação. Uma metodologia é optimizar o modelo de produção de vestuário. E este é o foco do novo relatório da McKinsey & Company, “A produção de vestuário está a regressar a casa? Nearshoring, automação e sustentabilidade: Estabelecendo uma cadeia de valor de vestuário focada na procura”, que aborda elementos como o nearshoring, automatização de novos modelos de entrega em torno da customização e iniciar a mudança para cadeias de valor circulares e sustentáveis.