Adecco Portugal lança Guia salarial para o setor das TI para 2024

A Adecco divulgou ontem o seu Guia Salarial para o setor das Tecnologias de Informação, para o ano de 2024, no qual apresenta uma análise detalhada das tendências salariais, para as várias funções dentro do setor de TI, abrangendo desde posições Júnior até Sénior. É também referido quais as competências mais valorizadas, bem como os padrões de trabalho emergentes no mercado português.

Cidades como Lisboa, Porto, Braga e Coimbra continuam a ser os principais polos de contratação na área de TI em Portugal. No entanto, as cidades mais pequenas e principalmente do interior, têm a vantagem de oferecer uma melhor qualidade de vida a um custo mais baixo, o que pode influenciar positivamente a decisão na mudança dos candidatos.

De acordo com Bernardo Samuel, “apesar de uma desaceleração nas contratações de perfis tecnológicos ao longo de 2023, o setor mantém-se extremamente competitivo na captação dos melhores talentos, evidenciando uma tendência contínua de crescimento dos salários médios. Para o ano corrente, antecipamos que a progressão salarial continue a sua trajetória ascendente, com incrementos médios potencialmente superiores a 10%.”

Neste sentido, o setor de TI continua a vivenciar uma procura sólida por talentos especializados, o que se reflete em salários competitivos para atrair e manter os melhores profissionais. Assim, as funções com salários mais altos, para uma posição “Middle” (entre 2 a 5 anos), incluem Cloud Architect Engineer (45.000€ e 60.000€), seguido por System Engineer (36.000€ e 46.000€), Pentester (35.000€ e 50.000€), Cybersecurity Engineer (35.000€ aos 50.000€), e Software Engineer (28.000€ e os 44.000€).

Em contrapartida, as posições menos remuneradas para profissionais com um nível de experiência similar, no setor de TI, englobam o Computer Scientist (17.000€ aos 27.000€), Técnico de Suporte de Redes (18.000€ e 24.000€), Software Analyst (21.000€ aos 31.000€), ERP/SCM/CRM Consultant (26.000€ e 40.000€), e Database Administrator (28.000€ e os 40.000€).

“Desta forma, é possível verificar que existem discrepâncias salariais significativas dentro do setor, dependendo da função, da experiência e do nível de especialização dos profissionais. Estas discrepâncias refletem não apenas a variação de responsabilidade e complexidade associadas a cada função, mas também a procura do mercado e a escassez de talentos em áreas específicas, como cibersegurança e cloud computing”, conforme refere o Adecco Recruitment Director.

 

Benefícios mais valorizados pelos candidatos
Apesar das condições salariais assumirem ainda um papel preponderante no que toca à compensação de perfis de TI, observa-se também uma tendência crescente na valorização de outros benefícios que contribuem para a satisfação e o bem-estar dos colaboradores e que são determinantes para a atração e fidelização de talentos. Entre eles estão a possibilidade de ter um plano e oportunidades de desenvolvimento de carreira oferecidos pela empresa, que demonstram um compromisso com o crescimento pessoal e profissional. A identificação com a missão e os valores da empresa também se destaca, pois, trabalhar por um propósito que se alinha com os seus valores individuais gera um maior sentido de satisfação e pertença.

A flexibilidade de horários e o modelo de trabalho remoto são igualmente apreciados, refletindo a procura por um melhor equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, uma vez que estas opções permitem aos profissionais gerir o seu tempo de forma mais eficaz, aumentando a produtividade e a satisfação no trabalho.

Por outro lado, benefícios adicionais como seguros de saúde para o colaborador e para a sua família, políticas de bem-estar, e compensação variável baseada em resultados alcançados são também altamente valorizados. Estes benefícios não só melhoram a qualidade de vida dos colaboradores, como também demonstram um reconhecimento tangível do seu empenho e contributo para o sucesso da empresa.

O mercado de trabalho em TI, cada vez mais, valoriza profissionais completos, que não só dominem os aspetos técnicos da sua função, mas que também se alinhem com a missão e os valores da empresa, ou seja, além da expertise técnica, as competências mais valorizadas incluem: autonomia, espírito de equipa, liderança, capacidade de comunicação e identificação com o projeto em causa. Além disso, as empresas valorizam ainda profissionais que se envolvam com as equipas, saibam lidar com Clientes e sejam capazes de gerir projetos e apresentar soluções inovadoras.

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