Pingo Doce comprometido com a redução do impacto ambiental das suas operações logísticas

A adesão ao Lean & Green é mais um compromisso da insígnia Pingo Doce em relação à redução do seu impacto ambiental, através da promoção de práticas mais sustentáveis em toda a cadeia de valor: desde a produção, à distribuição e ao consumo.
Há vários anos que o Pingo Doce procura reduzir a sua pegada ambiental, «consciente de que todos necessitam de fazer a sua parte para termos um mundo mais sustentável», comenta José Luís Teixeira, Director de Logística e Supply Chain da Jerónimo Martins Retalho. «Preservar a biodiversidade é, aliás, um dos nossos pilares de responsabilidade social, através do qual procuramos promover a utilização consciente dos recursos naturais e adoptar práticas e políticas sustentáveis.»
Como tal, a adesão ao Lean & Green, plataforma coordenada pela GS1 Portugal, surgiu de forma natural, «assumindo o Pingo Doce uma posição de liderança no retalho alimentar em Portugal na redução de emissões de CO2». Com a adesão a este programa internacional, o retalhista compromete-se a reduzir em pelo menos 20% as emissões de carbono no prazo de cinco anos, nas suas operações logísticas. Apesar de ambicioso, o responsável diz tratar-se de um objectivo realista em virtude dos planos e das iniciativas que têm vindo a ser desenvolvidos no Pingo Doce.
A redução de CO2 será feita maioritariamente ao nível da cadeia de distribuição, ou seja, através do percurso que é feito pelos produtos até chegarem à prateleira dos supermercados.
A adesão a esta iniciativa é mais uma medida a juntar às muitas que a insígnia tem em vigor e que lhe permitiu evitar, apenas em 2020, o percurso de 13 milhões de quilómetros e a emissão de mais de 11,5 mil toneladas de carbono.

 

Medidas para uma gestão eficiente dos recursos

 

O Pingo Doce tem já um longo percurso no que toca à causa ambiental. São vários os exemplos de iniciativas que preconizou e que traduzem o seu compromisso. «Combatemos o desperdício alimentar através de várias iniciativas, como doação de alimentos, incorporação de “legumes feios” e mark-down, por exemplo, que, só em 2020, evitaram o desperdício de cerca de 11.700 toneladas de alimentos; criámos e implementámos o Programa de Ecodesign de Embalagens, focado nos produtos de Marca Própria, que já permitiu evitar o consumo de cerca de 22 mil toneladas de materiais de embalagem, melhorando a ecoeficiência de mais de 315 embalagens de produtos Pingo Doce; disponibilizámos estações de reenchimento de água filtrada “ECO” em mais 130 lojas, nas quais o cliente pode reencher a sua garrafa reutilizável “ECO”, sendo que esta iniciativa, pioneira no retalho europeu, permite evitar a produção de cerca de 90 toneladas de embalagens de plástico descartáveis, por ano. Estes são apenas alguns exemplos do caminho que temos vindo a percorrer» adianta José Luís Teixeira.
Já relativamente às alterações climáticas, e considerando a necessidades de se fazer uma gestão eficiente dos recursos, o Pingo Doce tem implementado sistemas de controlo e gestão de energia, móveis refrigerados e arcas congeladoras com portas e tampas que evitam o consumo de energia, tecnologias de iluminação mais eficientes, como LED, e instalação de claraboias, instalação de energias renováveis e sistemas de racionalização dos consumos de água como redutores de caudal, torneiras com temporizadores, sensores de regulação para máquinas de gelo e recolha de águas pluviais para utilização em sistemas de rega ou de lavagem de equipamentos. Também nos projectos de construção e de remodelação de infraestruturas, a insígnia tem apostado nas energias renováveis e na implementação e optimização de diversos processos logísticos.

 

Aposta em viaturas que emitem menos gases poluentes

 

Os transportes são a componente comum peso mais significativo na pegada carbónica e,como tal, alvo de um maior número de iniciativas, por parte do Pingo Doce, de modo a alcançar a redução pretendida. Neste sentido, têm sido feitos investimentos numa frota com consumos mais eficientes, com menos emissão de CO2 e mais silenciosa, diminuindo o consumo de recursos energéticos, a emissão de poluentes atmosféricos e a poluição sonora, esta última uma preocupação acrescida devido à localização das lojas. «Privilegiamos viaturas que emitam menos gases poluentes (normas Euro 5 e Euro 6)», refere o responsável de logística. Neste momento, o retalhista já conta com viaturas a gás e prepara-se para aumentar este tipo de veículos nas próximas renovações de frota. «Continuamos a acompanhar com grande proximidade os desenvolvimentos tecnológicos nesta área, de modo a ajustarmos a nossa frota de forma contínua às opções mais sustentáveis que existam», acrescenta.
No que diz respeito à tecnologia, a estratégia de renovação de frota do Pingo Doce assenta numa estratégia de LowWeight, em que utiliza o máximo de sistemas aerodinâmicos, retira o maior número de equipamentos desnecessários para baixar a tara das viaturas e procura utilizar o tipo de combustível mais adequado para as actividades de transporte que desempenha.
«Em alguns segmentos de viaturas rígidas, apostamos nos sistemas de arrefecimento das caixas de carga, que funcionam com geradores que aproveitam e transformam a energia do motor principal da viatura em frio. Assim, em vez de a viatura ter o motor principal e mais um motor do sistema de frio, tem apenas o motor principal que desempenha ambas as funções, optimizando o consumo energético e diminuindo a energia desperdiçada», explica José Luís Teixeira.
A utilização de painéis solares, para alimentação das baterias dos motores de frio, também é uma tecnologia utilizada.

 

Transporte circular é uma prioridade

 

As caixas de velocidade preditivas, a programação das caixas de velocidade para que a viatura tenha o desempenho mais eficiente e a limitação das viaturas à velocidade óptima de circulação são os sistemas mais utilizados de apoio aos motoristas.
O Pingo Doce tem feito ainda um investimento em aplicações para gestão de rotas, sendo que o desenvolvimento das ferramentas de gestão optimizada de rotas é uma das iniciativas nas quais vai continuar a apostar, uma vez que potencia o aumento da eficiência nos transportes.
Também o transporte circular é uma prioridade, como forma de minimizar as viagens sem carga. «A nossa estratégia passa por implementar medidas de redução de consumos energéticos e das emissões de carbono associadas, por exemplo, a processos logísticos, nomeadamente no transporte de mercadorias para as nossas lojas. Como tal, optimizámos as nossas rotas de distribuição e cargas para que, nas viagens de retorno após o abastecimento das lojas, sejam transportadas outras mercadorias dos fornecedores localizados na proximidade e acessórios de transporte, como paletes. Acreditamos que, em colaboração com os nossos fornecedores, existe uma possibilidade de progressão para que possamos, em conjunto, reduzir o número de viaturas que circulam de forma ineficiente sem transporte de carga», esclarece o responsável.

 

Painéis fotovoltaicos nos centros de distribuição

 

A instalação de painéis solares tem sido outra das soluções para diminuir o impacto no ambiente, sendo que a sua instalação só é possível nas lojas do tipo “stand alone”, com coberturas que tenham capacidade de carga para acomodar os painéis fotovoltaicos. Muitas lojas Pingo Doce, existentes nas malhas urbanas, estão debaixo de prédios, o que não permite a instalação de UPAC´s. Todavia, refira-se que o Pingo Doce já instalou UPAC´s em diversas lojas, estando prevista a instalação de mais unidades noutras lojas.
Nos centros de distribuição e lojas de maiores dimensões, o Pingo Doce tem feito uma aposta na eletricidade contratada e que alimenta todas as suas operações, proveniente de fontes renováveis. Em 2020, os certificados de energia renovável adquiridos, permitiram evitar a emissão de cerca de 165 mil toneladas de CO2.
«Paralelamente, produzimos parte da energia que consumimos. Temos painéis fotovoltaicos instalados na cobertura dos Centros de Distribuição de Algoz e Alfena e em quatro lojas Pingo Doce (Telheiras, Bela Vista, Boa Hora e Parque das Nações). Esta energia produzida serve, por exemplo, para alimentar os sistemas de refrigeração, minimizando assim o seu impacto na pegada de carbono. Realce-se que, em 2020, estes painéis produziram 3,5 milhões de kWh», conclui o responsável.

Artigo publicado na edição impressa nº180 da revista Logística Moderna

 

Written by