O primeiro-ministro, António Costa, destacou hoje, na estação de Valença, a “prioridade” do Governo à modernização da ferrovia, “o maior investimento dos últimos 100 anos em Portugal”, considerando que essa aposta “é uma revolução no transporte de mercadorias”.
De referir que o troço ferroviário da Linha do Minho, entre Viana do Castelo e Valença, foi objecto de requalificação e electrificação, com a empreitada a ser finalizada no início deste ano, seguindo-se a fase de testes e certificação agora concluída e que possibilita a disponibilização da circulação com tracção eléctrica.
Num investimento superior a 19 milhões de euros, a intervenção compreendeu a electrificação do troço da Linha do Minho com cerca 49 quilómetros, entre Viana do Castelo e a fronteira em Valença. Os projectos desenvolvidos pela IP, visavam a eletrificação da extensão em falta na Linha do Minho entre Nine e Valença. Uma intervenção dividida em duas empreitadas, a electrificação do troço Nine – Viana do Castelo, concluído em julho de 2019, e a electrificação do troço entre Viana do Castelo e Valença, onde no dia 25 de abril iniciam as circulações comerciais com tracção elétrica.
Os investimentos na Linha do Minho foram realizados no âmbito do programa de modernização da rede ferroviária nacional Ferrovia2020, comparticipado por Fundos da União Europeia, através do Compete 2020.
Com a concretização desta última empreitada, a Linha do Minho fica dotada com o sistema de tracção eléctrica em toda a sua extensão (134 quilómetros), entre a cidade do Porto e a fronteira com Espanha, em Valença.
Dos benefícios deste investimento destaque para o aumento da competitividade do transporte de mercadorias, ao permitir a circulação de comboios de mercadorias com 750 metros, e o aumento do número de circulações, passando dos actuais 15 comboios de 300 metros por dia para 20 comboios de 750 metros. De salientar ainda os benefícios ambientais através da redução das emissões de CO2: 323 milhares de toneladas CO2 equivalentes.