O MIT e a Accenture, estão a desenvolver um teste que pode avaliar mais de 40 cenários em simultâneo e dar visibilidade à forma como as cadeias de abastecimento irão reagir no decurso de disrupções importantes.
Inspirado nos testes de stress que se tornaram obrigatórios no sector financeiro depois da crise de 2008, a Accenture e o MIT estão a co-desenvolver um teste de stress à resiliência das cadeias de abastecimento, para avaliar os riscos operacionais e financeiros criados por disrupções significativas no mercado, desastres e outros eventos catastróficos.
O objectivo deste esforço conjunto é criar um standard global para uma avaliação estratégica baseada em dados da resiliência da cadeia de abastecimento.
Com este teste as organizações vão poder avaliar rapidamente os riscos potenciais das suas cadeias de abastecimento, ver as implicações financeiras destes riscos, e definir as estratégias e acções adequadas a mitigar os mesmos. Uma vez que os cenários são estandardizados, as organizações públicas ou privadas poderão realizar benchmarks da sua resiliência em relação a parceiros ou concorrentes. O teste está a ser desenhado para ser escalável e adaptável às evoluções das condições de mercado e expectativas dos clientes. A empresa alimentar global Sigma, através da sua subsidiária europeia Campofrio, está entre as empresas que estão a colaborar com a Accenture e o MIT para implementarem o teste de stress nas suas cadeias de abastecimento, partilhando os dados para ajudar no seu desenvolvimento.
O teste de stress, começa com a criação de um “digital twin” da cadeia de abastecimento da empresa. Este permite a criação subsequente da modelação da combinação de vários cenários e impactos que podem causar uma disrupção na capacidade da empresa em servir os seus clientes, accionistas, colaboradores e à sociedade.
Estes cenários podem incluir aumentos ou quedas súbitas na procura, o encerramento de um fornecedor ou instalação principal, escassez de uma matéria prima crítica, ou a disrupção num porto chave.
O teste de stress consegue identificar tanto o tempo que vai demorar até que um determinado nó da cadeia de abastecimento recupere a funcionalidade total depois da disrupção, como o tempo máximo que a cadeia de abastecimento consegue equilibrar a oferta com a procura depois de uma disrupção (time to survive).