No debate que resultou do 17.º Congresso da Associação de Transitários Portugueses que decorreu este mês, em Portimão, saíram algumas exigências por parte do sector, nomeadamente no que se refere ao «sério e rápido» investimento em infraestruturas aeroportuárias, marítimas e ferroviárias.
Em foco estiveram ainda a importância de uma maior cooperação e rapidez entre as várias entidades públicas na libertação de mercadorias e facilitação de circulação de bens, bem como a maior participação na feitura de leis e estratégias de futuro adequadas. Estas são as algumas das necessidades sentidas pelos transitários portugueses, responsáveis pela planificação e organização das operações relativas ao transporte internacional de mercadorias, atividades logísticas complementares e sua distribuição.
«Os transitários portugueses reconhecem os esforços feitos até agora, mas sabem que há um longo caminho a percorrer para que o setor português seja ainda mais forte e possa cumprir em pleno, o seu desígnio de internacionalização. Apesar dos positivos investimentos anunciados para o setor da logística ao nível das infra-estruturas, ainda há questões por resolver e temos muito por onde crescer em termos de negócio. Se tivermos portos e aeroportos com conectividade, se investirmos na ferrovia para criar soluções de alimentação dos portos e de alargamento do seu hinterland, Portugal poderá afirmar-se como ponto de transhipment de mercadorias, realizando o seu potencial», afirma António Nabo Martins, Presidente Executivo da APAT. «Representamos cerca de 1,1% da economia portuguesa. Por isso, sentimo-nos no direito de exigir mais e melhor e na obrigação de oferecer o nosso apoio total, a qualquer governo», conclui.
Os associados da APAT também destacam a digitalização como um meio para melhorar o negócio e uma forma de aproximação a parceiros, clientes e instituições e, ainda, a necessidade de parcerias entre si, em situações de win-win.