Até 2023, a procura de soluções robóticas de goods-to-Person (G2P) vai quadruplicar para garantir o distanciamento social da força de trabalho nos armazéns, de acordo com a Gartner. Com o sistema G2P, os robôs fazem a entrega dos bens a uma pessoa que não tem de se deslocar da sua zona de trabalho.
“Uma das consequências da pandemia do Covid-19 é uma crescente procura de soluções robóticas nos armazéns e centros de distribuição”, afirmou Dwight Klappich, vice-presidente, analista da Gartner Supply Chain practice. “Sistemas G2P são uma forma simples e económica não só de impor o distanciamento social, mas também de melhorar a productividade.”
Embora exista uma grande variedade de soluções para se conseguir o distanciamento social nos armazéns (incluindo soluções que controlam os movimentos das pessoas), os sistemas robóticos são mais fáceis de implementar e menos invasivos. “Manter as pessoas num sítio usando um robô resistente ao vírus para deslocar os bens no armazém, garante a privacidade das pessoas e mantêm-nas seguras ao mesmo tempo”, explicou Dwight Klappich
Para lá desta vantagem com interesse temporal limitado, os sistemas G2P têm a capacidade de aportar melhoramentos de longo prazo ao nível da eficiência e productividade. Por sua vez os sistemas avançados oferecem benefícios adicionais como uma densidade de armazenagem superior.
A Gartner também prevê que até 2024, 50% das organizações de supply chain vão investir em aplicações com capacidade para suporte para inteligência artificial (IA) e analítica avançada (AA).
“A pandemia do Covid-19 aumentou a necessidade das organizações de supply chain procurarem ferramentas que as possam ajudar a tomar melhores decisões de forma mais rápida,” afrmou Andrew Stevens, senior director analyst da Gartner Supply Chain practice. “As organizações líderes usam a IA e a AA para processarem as enormes quantidades de dados que geram para conseguirem perceber o que se está a passar nas suas organizações, e mais importante o que é provável que venha a acontecer no futuro.”
As empresas vão continuar a investir em aplicações que integrem ferramentas de IA e AA. Isto pode ser feito para responder a problemas estruturais como a qualidade dos dados ou para ligar silos separados, atingir objectivos estratégicos tais como migrar para aplicações mais automatizadas, resilientes e inteligentes.
“Os líderes de supply chain devem adoptar uma perspectiva mais ampla e holística no que toca à IA e AA. Estas tecnologias são cada vez mais ubíquas, e há muitas maneiras de poderem ser aplicadas, tais como data mining para smart manufacturing, ferramentas de visibilidade e transporte autónomo, bem como retenção de clientes,” concluiu Andrew Stevens.