Ford usa Big Data para evitar paragens na produção

A Ford está a utilizar “big data” (recolha, análise e processamento de um elevado número de dados) para identificar potenciais avarias de máquinas antes de estas ocorrerem. Desde a sua introdução, no início de 2019, a Ford poupou mais de um milhão de euros, para além de ajudar a cumprir prazos de entregas.

Através deste projecto denominado Miniterms 4.0, os engenheiros da fábrica da Ford, em Almussafes, são agora avisados imediatamente, através de uma aplicação no seu smartphone, quando algum dos componentes começa a abrandar – uma indicação de que poderá avariar em breve. Trata-se do primeiro do género numa fábrica da Ford e foi desenvolvido em conjunto com os engenheiros do departamento de robótica da Universidade CEU Cardenal Herrera, em Valência. O projecto foi financiado pela Ford Motor Company University Research e a equipa está agora a trabalhar com a Ford Global Data Insights and Analytics para disponibilizar este uso de dados em todas as instalações Ford no mundo.

Em Valência, mais de 15.000 máquinas são utilizadas para a produção de veículos, sendo a maior parte controlada agora através de miniterminais, ou seja, sensores que são integrados nas máquinas da fábrica para detectar qualquer redução no desempenho e transmitir essa informação aos engenheiros. Nesta fábrica Ford há ainda outras inovações importantes, como um robot autónomo que transporta peças sobressalentes para a linha de produção.

«Esta é uma melhoria do século XXI para uma inovação icónica do século XX. Ser capaz de identificar quando as peças poderão desgastar-se ou falhar no futuro, permite à equipa programar a manutenção e as reparações em momentos que se enquadrem nos nossos horários de produção, para uma produção mais eficiente», explica Eduardo Garcia Magraner, Responsável de produção, Body and Stamping plant, Ford Valência.

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