Perto de 80% do investimento previsto no programa Ferrovia 2020 está em fase de obra ou já concluído, estando em curso ou contratação empreitadas de 1.010 milhões de euros, revelou o presidente da IP-Infraestruturas de Portugal, conforme noticiado pela LUSA.
Durante a conferência ‘online’ “Portugal Railway Summit 2021”, que se realizou ontem, António Laranjo disse que o programa para modernização da rede ferroviária portuguesa está «numa fase decisiva do seu desenvolvimento, na qual fica evidente a transição já concretizada do projecto para a obra».
«Actualmente, o quadro de evolução evidencia um franco desenvolvimento real», sustentou, adiantando que 71% do esforço financeiro se encontra em fase de obra (em contratação ou no terreno) e 8% está já concluído. Lembrou ainda que nenhuma obra foi parada durante estes meses de pandemia.
Em termos de empreitadas, o presidente da IP disse estarem “em curso ou em contratação” um total de 1.070 milhões de euros, a que se somam «cerca de 200 milhões de euros de sinalização e telecomunicações, em contratação ou já em curso, no regime concepção\construção».
Das intervenções previstas no Ferrovia 2020, António Laranjo destacou a obra de construção de caminho-de-ferro deste século, entre Évora e Elvas, com execução no terreno, a reabertura da Linha da Beira Baixa entre a Covilhã e Guarda, e as intervenções na Linha do Norte, «a principal linha ferroviária» do país. Referiu ainda a electrificação da Linha do Minho, entre Viana do Castelo e Valença, e a modernização da Linha da Beira Alta.
Relativamente ao PNI2030 (Programa Nacional de Investimentos 2030), que prevê um investimento global de 43 mil milhões de euros, o presidente da IP salientou que, no investimento de 22 mil milhões de euros dirigido à área dos transportes e mobilidade, «a ferrovia é o modo com maior peso, com quase 50% deste montante».
«O PNI2030 complementa o Ferrovia 2020 e dá um salto disruptivo», considerou. Conforme explicou, se «o Ferrovia 2020 está especialmente vocacionado para o transporte de mercadorias e para as ligações internacionais, focando a sua acção na recuperação dos activos», o PNI2030 «aposta no segmento de passageiros, designadamente no principal eixo estruturante nacional de Norte a Sul, contemplando investimentos disruptivos».
No âmbito do PNI2030, António Laranja recordou estarem identificados «16 programas e projetos ferroviários, com um valor total de 10.510 milhões de euros, sendo que 13 dizem respeito à infraestrutura e três ao material circulante».
Fonte: LUSA