A United Fresh Produce Association anunciou que “apesar de estarem a decorrer negociações na América do Norte e globalmente, o sector enfrenta uma falta de paletes grave, acreditamos que muitos ainda não perceberam os factores que estão a impactar a situação e o alcance do problema, que inclui a possibilidade de fazer chegar produtos frescos aos consumidores.”
As causas que impactam a disponibilidade de paletes são várias:
- Esforços de grossistas, distribuidores e retalhistas para garantir inventário suficiente de não perecíveis dado os impactos sofridos aquando da pandemia;
- Indisponibilidade de madeira para reparar e fabricar novas paletes;
- Aumento dos custos da madeira quando disponível;
- Aumento de tempo de retenção de paletes devido à constituição de inventários de produtos não perecíveis;
- Falta de transporte para relocalizar paletes;
Neste momento a falta de paletes está a pressionar uma supply chain que já estava a enfrentar desafios significativos, que incluem a falta de transporte rodoviário e contentores marítimos, escassez de mão- de- obra, instabilidade no preço dos combustíveis, problemas relacionados com a pandemia e uma escassez de resina utilizada no fabrico de caixas reutilizáveis e paletes.
A associação salienta que esta falta se deve manter até ao final de 2021, numa altura do ano em que muitas colheitas sazonais na América do Norte estão a começar.
Para se ter uma noção do problema, é ter em consideração que os custos das matérias-primas (madeira) aumentaram 200% a 350%, o que provoca um aumento do preço das paletes. Por exemplo, na semana passada o preço das paletes sofreu um aumento de 400%, isso quando há disponibilidade, «pois muitas vezes tal não acontece».
Há também relatos de produtores que dizem que alguns fornecedores de paletes já não estão a aceitar mais clientes, uma vez que não conseguem satisfazer a procura dos clientes actuais. Isto tem levado a que empresas recorram à importação de paletes de países terceiros incorrendo em custos alfandegários e de transporte.
