EY divulga forças de mudança do sector dos transportes e logística

Com o crescimento do e-commerce e a população mundial a chegar aos 11 mil milhões em 2050, prevê-se que o volume de encomendas venha a quadruplicar. Dada a velocidade acelerada da mudança, as empresas do setor precisam de se reinventar. A concorrência vem de todas as direções e a digitalização será o principal agente de mudança.

A conclusão é da EY Portugal que divulga algumas referências de Future Guidelines para o setor de Transportes e Logística, no âmbito da 3ª edição do Beyond – Portugal Digital Transformation, um movimento de reflexão e debate sobre a temática da Transformação Digital. Neste contexto, a consultora identificou seis questões fundamentais sobre as forças de mudança do setor e que irão redefinir o futuro do setor.

Sobre o impacto da crescente incerteza global no setor, a EY diz que estudos apontam que a disrupção na supply chain global tenha resultado em custos e perdas de 56 mil milhões de euros apenas na Europa. «A crescente turbulência económica, protecionismo e instabilidade geopolítica estão a forçar players de transportes e logística a adotar novos modelos de negócio e novas alianças».

Também o surgimento das megacidades traz benefícios e oportunidades, com os operadores de transporte e logística a terem de lidar com desafios da logística urbana, incluindo o congestionamento de tráfego, dificuldades de loading/ unloading e a last-mile delivery, derivado do aumento do e-commerce.

 

Digitalização redefine a supply chain

Relativamente à digitalização, os dados apontam para que «as tecnologias digitais irão transformar estes vários setores com novas formas de capturar sinergias locais e eficiências globais, mas também criar crescentes expetativas do cliente e desafios de segurança. A digitalização redefine a supply chain a partir do cliente no centro». Sendo que a disrupção dos modelos de negócio tradicionais já não é exclusiva de start-ups, «com incumbentes a colaborar ativamente com o ecossistema empreendedor para explorar tecnologias inovadoras». «Esperamos um crescente grau de integração horizontal e vertical na cadeia de valor, e redes de transportes otimizadas em tempo real».

As competências e conhecimentos que as novas tecnologias requerem, nomeadamente ao nível da big data ou robótica, design thinking ou agile, antecipa, por si só, o aumento dos custos de atração e retenção de talento com estas competências.

A EY adianta ainda que: «Os intervenientes do vasto espaço de mobilidade, incluindo consumidores, acionistas e entidades governamentais, valorizam cada vez mais novas práticas inerentes ao setor, nomeadamente a sustentabilidade, condições laborais e compliance ambiental. Ajustes nos modelos de negócio e articulação na supply chain irão refletir estas exigências».

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