Estudo da Gartner diz que 25% das decisões na supply chain serão tomados por ecossistemas inteligentes

Impulsionado pela evolução das redes de comunicação de dados, incluindo a 5G, a Gartner prevê que 25% das decisões da cadeia de abastecimento serão tomadas através de ecossistemas inteligentes situados nos limites (edges no original) da supply chain até 2025.

“Historicamente, os investimentos na digitalização da cadeia de abastecimento davam prioridade a aplicações centralizadas de grande escala em domínios como a indústria e a logística”, afirmou Andrew Stevens, senior director analyst da Gartner Supply Chain Practice. “Os limites (edges) são locais físicos onde objectos, pessoas e os dados se interligam. As cadeias de abastecimento estão a tornar-se cada vez mais dinâmicas e cobrem redes maiores onde os dados e as decisões têm origem nos seus limites (edges) – sendo realizadas por operadores, máquinas, sensores ou dispositivos”.

Estes ecossistemas transformam as operações, permitindo a tomada de decisões perto da fonte original de informação. Ao permitir o processamento, comunicação e armazenamento de dados no ponto em que estes são recolhidos origina fluxos de trabalho mais uniformes, distribui a capacidade de dados e racionaliza e simplifica a obtenção de respostas em tempo real aos stakeholders que precisam de tomar decisões.

Os avanços nos serviços de comunicações de dados, tais como Wi-Fi, Bluetooth e 5G, estão preparados para apoiar estes ecossistemas e complementar as soluções tradicionais de cadeias de abastecimento centralizadas com redes mais virtuais e remotas a realizarem o processamento dos dados. Em muitas cadeias de abastecimento, a tomada de decisões de computação nos limites da supply chain já está a ocorrer, e o foco nos próximos três anos será identificar mais casos de redes de decisão automatizadas e autónomas que possam ser ainda mais habilitadas.

 

Robôs inteligentes transformam operações no armazém
As operações logísticas têm desenvolvido uma necessidade crescente de automatização flexível. A Gartner prevê que 75% das grandes empresas terão adoptado alguma forma de robôs inteligentes intralogísticos nas suas operações de armazém até 2026. Os robôs inteligentes de intralogística são formas especializadas de robôs ciberfísicos automatizados, destinadas primordialmente a ambientes de armazém e centros de distribuição.

“Restrições de disponibilidade de mão-de-obra, custos de mão-de-obra com crescimento acelerado e os impactos residuais da COVID-19 obrigarão a maioria das empresas a investir em sistemas ciberfísicos, especialmente robôs inteligentes intralogísticos”, afirmou Dwight Klappich, vice president analyst da Gartner Supply Chain practice.

Estas soluções são a resposta à necessidade de automatizar certos processos, acrescentando inteligência, orientação e consciência sensorial, permitindo-lhes operar independentemente e/ou à volta dos seres humanos. Há muitos exemplos de robôs flexíveis que realizam tarefas como o transporte de paletes de mercadorias, entregam mercadorias a uma pessoa, ou a realizar o picking de artigos individuais. Estes podem ser implementados de forma rápida e económica, e podem ser facilmente escalados para gerir melhor os picos de procura. Devido à natureza adaptativa dos robôs inteligentes intralogísticos, as empresas podem realizar pilotos em casos que requerem investimentos iniciais baixos ao mesmo tempo que podem continuar a testar/simular novos casos de utilização à medida que se tornam mais familiarizadas com a tecnologia.

“A boa notícia é que já existem muitos casos de utilização de robótica flexível, e é importante avaliar qual a melhor solução para as necessidades específicas de cada empresa. Os líderes da cadeia da cadeia de abastecimento devem tirar o máximo partido das crescentes tendências na robótica, permitindo que este processo seja liderado pelo chief robotics officer ou cargo equivalente, dentro da sua empresa”, concluiu Klappich.

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