Segundo um estudo recente, realizado a nível internacional pelo Reshoring Institute, as empresas globais consideram que a vantagem ao nível dos custos de produzir no exterior já não é o que era.
Um número crescente de empresas está a repensar as suas estratégias globais de produção. Razões como o aumento dos salários, aumento das tarifas sobre o aço, alumínio e componentes eléctricos, e quando se considera o custo total de propriedade (total cost of ownership). Por estas razões, o Reshoring Institute prevê que as empresas serão cada vez mais motivadas a pensarem no reshoring nos próximos anos.
Alguns destaques do estudo:
• Mais da metade dos gestores inquiridos declararam que estavam a planear ou considerar actividades de remodelação nos próximos cinco anos.
• 97% disseram que teriam em consideração adquirir peças a fornecedores domésticos se o preço e a qualidade fossem competitivos em relação a fornecedores estrangeiros.
• Além da crescente atractividade dos mercados nos EUA, a imprevisibilidade de tarifas e normas comerciais, deixa as empresas internacionais cautelosas em relação à possibilidade de aumentos inesperados nos custos.
• O estudo constatou que, de 2017 a 2018, o número de empresas que operam em vários locais globais diminuiu 10%.
Por outro lado a maioria das empresas declarou estar interessada no reshoring, embora muitas permaneçam hesitantes.
Quando perguntados sobre quais os factores que levavam a que as empresas atrasassem o reshoring, os motivos apresentados foram:
- 54% estavam preocupados com os elevados custos do trabalho
- 50% disseram que não possuíam instalações nos EUA
- 29% estavam preocupados com a possibilidade de conseguirem uma força de trabalho com as capacidades necessárias para a produção
- 21% estavam preocupados com a resistência do Conselho de Administração
- 13% citaram a falta de conhecimento interno
- 9% apontou para os custos elevados das matérias primas
- 8% estavam preocupados com os regulamentos ambientais nos EUA.