O Governo Português e o Banco Europeu de Investimento (BEI) assinaram dia 7 de Abril um Memorando de Entendimento (MdE) de cooperação institucional para o sector do hidrogénio. O documento estabelece a disponibilidade do BEI para prestar apoio financeiro a projectos privados elegíveis, assistência técnica e consultoria a projectos de investimento neste sector.
Através deste acordo de cooperação não vinculativo, assinado à margem da conferência de “Hydrogen in Society – Bridging the Gaps”, o BEI apoiará os objectivos ambientais de Portugal estabelecidos no Plano Nacional Energia e Clima 2030 e no Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050. Este MdE está também alinhado com a Estratégia Europeia para o Hidrogénio (European Hydrogen Strategy), lançada pela Comissão Europeia, que visa instalar 40GW de capacidade de hidrogénio verde até 2030, contribuindo para tornar a Europa o primeiro continente neutro em carbono, conforme previsto no Pacto Ecológico Europeu.
Sobre este assunto, o Ministro do Ambiente e da Acção Climática, João Pedro Matos Fernandes, destacou: «O hidrogénio renovável desempenhará um papel crucial na descarbonização de sectores nos quais outras alternativas sejam inadequadas ou demasiados caras para a descarbonização. Portugal pretende produzir hidrogénio verde a preços competitivos e desempenhar um papel de relevo na emergente economia do hidrogénio. Este acordo que hoje assinámos é uma importante peça desta estratégia nacional e decisivo para reforçar os projectos neste sector.»
Já o Vice-Presidente do BEI, responsável pelas operações do Banco em Portugal, Ricardo Mourinho Félix, realçou: «Estou muito satisfeito pela assinatura, hoje, deste importante acordo com o Governo Português, que tem por objectivo acelerar os investimentos no sector do hidrogénio em Portugal. No Grupo do Banco Europeu de Investimento acreditamos convictamente que o hidrogénio verde tem o potencial de desempenhar um importante papel para que se atinja o objectivo da neutralidade carbónica na União Europeia, até 2050. De igual modo, acreditamos que será essencial na promoção de uma recuperação económica verde, no contexto da pandemia de Covid-19, pois permitirá reduzir as emissões que mais danos ambientais causam.»