A APAT promoveu junto dos seus associados um questionário relacionado com o impacto da COVID-19 e a forma como os transitários estão a gerir esta situação e a expectativas quanto ao futuro sobre a logística e a cadeia de transportes.
Dos inquiridos 95,5% afirma ter implementado um Plano de Contingência para continuar com a sua actividade mas protegendo os seus colaboradores, 24,6% sentiu necessidade de recorrer ao Lay-off e 78,2% adoptou o regime de Teletrabalho, evitando assim o contacto social,
Quanto às principais dificuldades, os inquiridos apontaram: Diminuição do volume de negócio, logo muitos transportes em “vazio”; Crédito malparado / Cobranças difíceis / falta de liquidez de clientes; Especulações de preço / aumento de custos; Diminuição da capacidade de resposta (transporte marítimo por elevadas omissões de escalas, transporte aéreo devido à suspensão de voos de passageiros e encerramento de fronteiras e transporte rodoviário por falta de camiões nomeadamente para exportação); Resposta mais demorada por parte dos organismos públicos (Ex:Alfândegas) e obrigatoriedade de apresentação de alguma documentação em suporte físico; Ausência de medidas concretas para a actividade transitária;
Já sobre as perspectivas para a recuperação do sector, os transitários são optimistas mas só a no longo prazo. Para o futuro próximo a «apreensão é maior e existe uma consciência colectiva de que será um período complicado». Acredita-se que tudo dependerá das medidas tomadas pelo governo quanto às exportações.
A APAT fala de duas correntes de opinião. Há quem defenda que o levantamento gradual das contingências determinará a aceleração da recuperação económica e outros acreditam que, apesar da abertura gradual do mercado, o processo de recuperação será mais difícil e prolongado no tempo, essencialmente por questões económicas.
«Podemos talvez concluir, que apesar de algum optimismo que nos define sempre emocionalmente, porque estamos permanentemente focados em ajudar o país na retoma da actividade e no relançamento da nossa economia, sabemos também, quando mais racionais, que temos de ser cautelosos pois muito dependerá das orientações do governo e da CE e já não tanto da nossa vontade, esforço e abnegação», avança a APAT.