Os riscos para o tráfego marítimo na principal região produtora de pretróleo do mundo vai aumentar na sequência do ataque aéreo norte americano que matou o general General Qassem Soleimani.
O Irão promete retaliar, o que faz aumentar ainda mais a tensão na região que já estava bastante tensa. O resultado é que os preços do Brent saltaram 4,9% no interday trading.
Ora sempre que a tensão aumenta nesta região, o aumento do risco faz disparar os valores a pagar, no frete e nos prémios de seguro. Na última crise em Outubro passado, a rota que serve de benchmark (ligação da China ao Médio Oriente) os prémios de seguro atingiram um valor de mais de 300.000 dólares por dia. Isto aconteceu na altura em que o Irão se queixou que um dos seus navios tinha sido atingido por um míssil no Mar Vermelho, acontecimento que se seguiu ao ataque de Setembro a refinarias na Arábia Saudita.
Até ao momento os valores de transporte e os prémios de seguro, não se alteraram muito como consequência do conflito. Especialistas acreditam que até que haja outro ataque ou que o Irão retalie de forma a que afecte a infraestrutura petrolífera ou a logística marítima, os preços devem manter-se estáveis.
Navios devem manter-se vigilantes
Os navios que operam na zona do Golfo Pérsico devem manter-se vigilantes na sequência do ataque norte-americano, aconselha a empresa Marine Trade Operations, empresa especializada em informação de segurança para navios mercantes que operam em zonas de alto risco.
Embora um terço do petróleo que é movimentado por navios a nível mundial passar pelo estreito de Ormuz, os especialistas não prevêem que o Irão tente fechar o mesmo pois este tem de se manter aberto para que o Irão possa exportar petróleo para a China. No entanto é possível que haja ataques a petroleiros de países aliados dos EUA, o que pode levar a um aumento da procura motivado pelo aumento de stocks.
No entanto muitos pensam que ainda é cedo para se conseguir perceber o impacto no mercado.