Com a Economia Portuguesa a criar quase 200 empregos diários em 2018 em Portugal e com o desemprego jovem a descer significativamente, vemos uma necessidade cada vez maior na requalificação e mobilidade dos recursos humanos disponíveis.
Vimos recentemente que, a medida do Governo em baixar os custos para quem utiliza os transportes públicos, veio criar um impacto significativo na procura e uma incapacidade na resposta necessária por parte das empresas que prestam este serviço. Mostra claramente uma ação não conjugada entre o Governo e as empresas, com impacto significativo na qualidade de vida das pessoas e na gestão das empresas de transportes públicos.
É nestas medidas que precisamos de maior coordenação entre o Estado e o setor privado e, vivemos a mesma situação, quando falamos de mobilidade e readaptação de recursos para fazer face ao decréscimo da taxa de desemprego.
Existem zonas do País onde os municípios não têm capacidade de implementar medidas que promovam a mobilidade, com incremento do transporte público para zonas industriais e centros logísticos, deixando nas mãos das empresas essa responsabilidade. Não quer dizer que as empresas não tenham de suportar parte dos custos mas, a coordenação destes meios para que existam sistemas otimizados e uma rede nacional de transporte público que incentive a mobilidade das pessoas entre regiões, não pode ficar na mão do setor privado. É neste sentido que deve existir uma maior coordenação dos organismos públicos e uma análise critica aos fluxos de pessoas, tanto o atual como o que será necessário no futuro, tendo em conta as necessidades das empresas geradoras de emprego.
Quando falamos da formação e requalificação para que se promova a readaptação de competências, verificamos sistemas em outros países que são claramente mais incentivadores para as empresas. A Legislação atual entrega ao setor privado essa tarefa de forma desgovernada, sem caminho definido, não criando programas de incentivo próprios e sem mecanismos de ajuda para essa mesma requalificação como centros técnicos de formação. Exemplos de falta de técnicos de manutenção, soldadores, operadores de logística qualificados e muitos outros, são motivo de conversa entre os gestores de empresas.
Trabalhamos hoje em dia com muitos clientes para descobrir as pessoas necessárias às suas atividades, sendo o esforço que fazemos cada vez maior, mas sem isso, muitas empresas tinham já “estrangulado” os seus negócios e reduzido a sua capacidade de entrega e crescimento. É este o “Added Value” da Adecco Outsourcing, incrementar capacidades e ajudar no crescimento.
Sérgio Duarte
Diretor de Outsourcing
Adecco Portugal