Um estudo desenvolvido pela EY em nome da Microsoft revela que as empresas portuguesas estão abaixo da média europeia no que diz respeito à aplicação de Inteligência Artificial (IA) na sua atividade. Esta análise mostra que 45% das empresas nacionais ainda não iniciou qualquer piloto de IA, sendo que a média europeia já atinge os 29%.
Apesar disso, 82% das empresas nacionais revelam ter programada a entrada em fase piloto ou o lançamento de iniciativas de IA. 68% das empresas revelaram que a introdução de IA são um assunto relevante para as respetivas administrações, já os colaboradores não executivos portugueses não partilham da mesma opinião, o que constitui um dos mais baixos indicadores da Europa. A demonstrá-lo está o facto de 50% das empresas portuguesas dizer que a IA é gerida numa lógica “Top-Down”, enquanto a média europeia é de 35%.
Contudo, 64% das empresas nacionais reconhece que a IA vai ter um impacto significativo nas indústrias, nomeadamente, através do surgimento de novas empresas e startups, bem como de novos produtos, serviços e modelos de negócio.
A IA é a grande prioridade digital das empresas portuguesas, com enfoque nas áreas de TI, Digital, Serviço a Cliente e Investigação & Desenvolvimento.
O estudo salienta ainda as obrigações regulamentares e o impacto no pessoal e o overload de informação e de dados como os maiores desafios para a sua implementação.
Destaque ainda para o facto das empresas portuguesas elegerem a aprendizagem mecânica e os robots inteligentes como as tecnologias de Inteligência Artificial mais relevantes, apesar das soluções que mais utilizam sejam as de previsão e automatização.
O estudo “Inteligência Artificial na Europa” foi desenvolvido através de um inquérito e de entrevistas realizadas junto de gestores e especialistas em TI, de mais de 277 empresas europeias, 22 das quais portuguesas.