A Comissão Europeia, através do mecanismo CEF (Connecting Europe Facilities) aprovou 10 milhões de euros para o financiamento do ECO-GATE, um projecto europeu de acção global para o desenvolvimento da mobilidade através de Gás Natural Comprimido (GNC) e de Gás Natural Líquido (GNL) ao longo dos principais corredores de transporte terrestre da Europa. O ECO-GATE é desenvolvido por um consórcio integrado por empresas de Espanha (24), Portugal (3), França (1) e Alemanha (1).
Para Portugal vêm 3,2 M€, tendo a Comissão viabilizado a abertura de cinco novas estações de GNL/GNC: Setúbal, Guarda, Maia, Lisboa e Salamanca (Espanha). Foram igualmente aprovados investimentos para a modernização de frotas de transporte terreste movidas a GNL, assim como iniciativas de investimento ligadas a novas tecnologias que permitem melhorar a performance económica e ambiental da solução “Gás Natural Veicular”.
As mais de 20 empresas contempladas estão localizadas nos quatro países de desenvolvimento do projeto, Portugal, Espanha, França e Alemanha, França, sendo o financiamento repartido pelos quatro países.
O projecto europeu ECO-GATE é um dos mais ambiciosos no mercado do gás natural veicular com a implementação de infra-estruturas ao longo do Corredor Atlântico e do Corredor Mediterrâneo, através de novas tecnologias e soluções inovadoras, que permitirão tornar o GNV como uma alternativa consistente aos combustíveis tradicionais, concorrendo para a descarbonização da economia e para a redução da dependência da Europa face aos derivados do petróleo.
O ECO-GATE vai permitir ainda a implementação rápida de um sistema alternativo de combustível o que contribuirá para a melhoria da competitividade das empresas e para a redução da fatura de combustível das famílias, por via do seu custo substancialmente mais reduzido quando comparado com a gasolina e com o gasóleo.
O financiamento da União Europeia vem reforçar a aposta num projecto que muito contribui para o cumprimento da Diretiva 94/2014, a qual estabelece metas ambiciosas no domínio dos investimentos que possam contribuir para a redução de gases com efeitos de estufa no espaço europeu (a Comissão Europeia prevê reduzir as emissões poluentes em 60% até 2050).
A luz verde que foi dada pelos Governos dos quatro Estados-membros, no caso português pelo Ministério do Planeamento e Infra-estruturas.