Nos primeiros seis meses de 2017, o sistema portuário do Continente movimentou cerca de 48,6 milhões de toneladas, um aumento de +8,1% face ao mesmo período de 2016. Sines continua a liderar o movimento portuário, com uma quota de 52,8%, e também o movimento global de contentores, com uma quota maioritária de 59%.
Entre Janeiro e Junho, os portos comerciais do Continente movimentaram cerca de 48,6 milhões de toneladas, um volume superior em +8,1% ao registado no período homólogo de 2016, ultrapassando quase 3,7 milhões de toneladas a melhor marca anterior. Leixões, Aveiro e Sines apresentam o registo de valor mais elevado de sempre, após uma variação de +9%, +23,2% e +6,8%, respectivamente, face a igual período de 2016. Importa também salientar o desempenho do porto de Lisboa, que recupera após as quebras acumuladas dos últimos anos, com um acréscimo de +26,3% face aos primeiros seis meses de 2016, a que corresponde +1,22 milhões de toneladas.
Sines mantém a liderança com uma quota de mercado de 52,8% do total da carga movimentada, um decréscimo de -0,6 pontos percentuais face ao que detinha no período homólogo de 2016. Na segunda posição mantém-se o porto de Leixões, com uma quota de 19,9%, seguido de Lisboa, com 12,1% (uma recuperação de 1,7 pontos percentuais face ao mesmo período do ano transacto).
O movimento global de Contentores registou um número recorde de 969,6 mil unidades e cerca de 1,6 milhões de TEU, equivalendo a um crescimento de +20,3% e +23%, respectivamente, face ao mesmo período de 2016.
Ainda neste segmento, o porto de Sines mantém a liderança com uma quota de 59% do total de TEU, superior em +4,7 pontos percentuais à que detinhano mesmo período de 2016. Leixões, Lisboa e Setúbal representam, respetivamente, 19,7%, 15,4% e 5,3% do total.
As operações de transhipment realizadas no porto de Sines são um forte influenciador do tráfego de contentores no sistema portuário nacional. No primeiro semestre de 2017, estas operações foram responsáveis por 82,7% do tráfego do porto, em TEU, e por 48,8% do tráfego de todo o sistema portuário do Continente, tendo registado um crescimento de +41,1% face ao volume de TEU movimentado no mesmo período de 2016.
Nos portos comerciais registou-se um total de 5490 escalas de navios de diversas, a que correspondeu um volume global de arqueação bruta (GT) de 101,6 milhões (respetivamente +2,6% e +7,4% do que nos primeiros seis meses de 2016).
Importa destacar o aumento de +20,6% no número de escalas registado no porto de Lisboa (correspondente a +214 navios) e, numa dimensão de menor significado, o porto de Portimão que regista um acréscimo de +63,6% (+14 navios).
O movimento global de carga registado nos primeiros 6 meses de 2017, é justificado por efeito da Carga Contentorizada e dos Produtos Petrolíferos, que registaram variações de +18,9% e +19,4%, respetivamente, num total de +4,3 milhões de toneladas. É ainda de destacar o comportamento da carga Ro-Ro que regista um crescimento de +15,3%.
A classe de Carga Geral continua a deter a quota mais significativa do mercado portuário, representando 45%, seguida dos Granéis Líquidos, com 34,6%, e dos Granéis Sólidos, com 20,4%, por efeito do comportamento da Carga Contentorizada e Ro-Ro, Produtos Petrolíferos e Outros Granéis Sólidos, que registaram valores recorde no respectivo volume movimentado.
A carga embarcada, que inclui a carga de exportação, atingiu no primeiro semestre do ano um volume superior a 20,2 milhões de toneladas, ultrapassando em +5,6% o registo verificado no período homólogo de 2016, constituindo assim o valor mais elevado de sempre nos primeiros semestres, devido, sobretudo, ao comportamento dos mercados de Carga Contentorizada (+17,7%), Ro-Ro (+16,1%) e Outros Granéis Sólidos (+23,8%).
O volume de carga desembarcada, na qual as importações representam em regra mais de 90%, atingiu cerca de 28,5 milhões de toneladas, constituindo também o valor mais elevado de sempre nos períodos homólogos, excedendo em +9,9% o anterior registado em 2016.
Viana do Castelo, Figueira da Foz, Setúbal e Faro são os portos que apresentam um perfil de porto “exportador”, registando um volume de carga embarcada superior ao da carga desembarcada, com um quociente entre carga embarcada e o total movimentado, no período em análise, de 75,4%, 62,5%, 58,2% e 100%, respectivamente.