A ANTRAM (Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias) exigiu ontem, numa reunião com o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, que os transportes pesados de mercadorias sejam também abrangidos pelo apoio de 30 cêntimos por litro de combustível, tal como está previsto para os ligeiros de mercadorias.
A Associação apresentou à tutela um conjunto de medidas que os seus Associados reunidos no passado sábado, em Pombal, definiram como essenciais para ajudar a ultrapassar as dificuldades que as empresas do sector estão a sentir, e que permitirão aliviar, no imediato, a pressão dos significativos e sucessivos aumentos de preço do combustível.
“Expusemos a necessidade de também sermos contemplados com as ajudas imediatas já adoptadas para as viaturas de ligeiros”, disse à Lusa o presidente da ANTRAM, Pedro Polónio.
Em causa está um apoio de 30 cêntimos por litro de combustível e Ad Blue devido à escalada dos preços dos combustíveis anunciado na segunda-feira pelo Governo, para os transportes de mercadorias por conta de outrem, até 3,5 toneladas, e também para os TVDE (Transporte individual e remunerado de passageiros em Veículos Descaracterizados).
Pedro Polónio referiu ainda que na reunião ficou também “confirmado” que o sector será abrangido pela linha de crédito de 400 milhões de euros destinada a empresas que operam nos sectores da indústria transformadora e dos transportes, com peso igual ou superior a 20% de custos energéticos nos custos de produção; ou com aumento do custo de mercadorias vendidas e consumidas superior a 20%; ou com quebra de facturação operacional igual a 15% quando resulte da redução de encomendas devido à escassez ou dificuldade de obtenção de matérias primas, componentes, ou bens intermédios.
A ANTRAM defendeu ainda “a necessidade de alargar o incentivo do gasóleo profissional a um elevado número de tipologias que não estão agora contempladas”, acrescentou Pedro Polónio.
“Outro problema específico falado e que afecta muito o sector, sobretudo os que têm frotas mais recentes, é o elevado custo do consumo do Ad Blue, que hoje em dia custa cinco vezes mais do que há um ano”, sublinhou o presidente da ANTRAM.
Segundo disse, “nos próximos dias” haverá novos contactos com o Governo sobre o tema, que terá de ser analisado também com outros ministérios, nomeadamente o da Economia e o do Ambiente.
Fonte: LUSA