Já arrancaram os trabalhos de construção da primeira fábrica de biocombustíveis avançados de Espanha, em Cartagena, onde a Repsol vai investir um total de 200 milhões de euros neste projecto, que terá a capacidade para produzir 250.000 toneladas por ano de biocombustíveis avançados, biodiesel, biojet, bionafta e biopropano, para utilização em aviões, camiões ou carros, que permitirão uma redução de 900.000 toneladas de CO2 por ano.
As novas instalações entrarão em funcionamento no primeiro semestre de 2023, e fazem parte do processo de transformação que a Repsol implementou nos seus complexos industriais para descarbonizar os processos de fabrico de produtos essenciais com uma pegada de carbono baixa, zero ou mesmo negativa.
Com este acordo, as empresas avançam no compromisso de transição energética que tem como objectivo alcançar a neutralidade carbónica.
O projecto utiliza a economia circular, um dos pilares estratégicos da Repsol para alcançar a neutralidade carbónica até 2050. A Repsol tem vindo a incorporar biocombustíveis nos seus combustíveis automóveis há mais de duas décadas. A empresa dá agora mais um passo, tendo por base a economia circular, com a produção de biocombustíveis avançados a partir de diferentes tipos de resíduos da indústria agroalimentar e outros, como por exemplo óleos alimentares usados. Assim, a Repsol conseguirá dar uma segunda vida aos resíduos que de outra forma acabariam num aterro, transformando-os em produtos com «elevado valor acrescentado».
Estes biocombustíveis avançados são uma solução sustentável para todos os segmentos de mobilidade, especialmente os que não têm alternativas actuais de descarbonização, tais como o transporte marítimo, de longa distância, ou aéreo. Estes biocombustíveis permitirão uma redução de emissões de CO2 entre 65% a 85%, comparando com os combustíveis tradicionais que representam.
A Repsol tem na economia circular um dos seus pilares estratégicos, para fabricar produtos com uma pegada de carbono baixa, zero ou mesmo negativa. O objectivo da Repsol é utilizar três milhões de toneladas de resíduos por ano, para produzir dois milhões de toneladas de combustíveis com baixo teor de carbono até 2030, o que permitirá evitar mais de sete milhões de emissões de toneladas de CO2 por ano.