Utilização de tecnologia no armazém com impacto positivo

A Zebra Technologies Corporation, realizou recentemente um novo Estudo de Visão Global do Armazém para explorar as tendências e perspetivas que impulsionam as decisões operacionais e os gastos no armazém. Os resultados são encorajadores: os operadores de armazéns estão a fazer investimentos significativos para melhor satisfazer as necessidades tanto dos clientes como dos trabalhadores e ajudar no preenchimento de postos de trabalho em aberto.

 

Pressões de Mercado Tornam-se Catalisadores de Mudanças Positivas
Quase nove em cada 10 operadores de armazém concordam que devem implementar novas tecnologias para serem competitivos na economia a pedido, com 80% a confirmar que a pandemia os levou a evoluir e a modernizarem-se mais rapidamente. Estão a focar-se e a investir mais fortemente em tecnologias que apoiam a força de trabalho e a automatização dos fluxos de trabalho. Por exemplo, a utilização de wearables, impressoras móveis e tablets resistentes irá aumentar nos próximos anos, juntamente com software de dimensionamento móvel que automatiza as medições de encomendas e caixas de cartão. Acresce que, 27% dos operadores de armazém já implantaram atualmente alguma forma de robôs móveis autónomos (Autonomous Mobile Robots – AMR) e espera-se que dentro de cinco anos esse número aumente para 90%.

“Estamos a assistir a uma mudança positiva na cadeia de abastecimento e, especificamente, dentro dos armazéns”, disse Mark Wheeler, Director de Soluções da Cadeia de Abastecimento, da Zebra Technologies. “A maioria dos decisores acredita que os investimentos em automação ultrapassam de longe o risco de nada fazer, e estão a tornar-se mais confortáveis na integração de todo o tipo de novas tecnologias nas suas atuais operações e infraestruturas”.

Os colaboradores de armazém estão também a tornar-se mais confortáveis com a utilização de tecnologias avançadas por parte dos seus empregadores. Apenas menos de metade (45%) dizem que os seus empregadores aumentaram os salários ou ofereceram bónus no decurso das atuais restrições laborais, no entanto, a maioria (82%) sente-se positivamente afetada pela situação. Os empregadores estão a melhorar as condições de trabalho de outras formas, tais como disponibilizando aos colaboradores mais tecnologia e alavancando a tecnologia para criar turnos de trabalho mais flexíveis. De facto, um número de colaboradores esmagador (92%) concordam de alguma forma que os avanços tecnológicos tornarão o ambiente de armazém mais atrativo para os trabalhadores, mesmo em tempos como estes, quando as cadeias de abastecimento estão tensas, a procura está a aumentar e há uma pressão crescente para cumprir prazos mais apertados.

 

Principais Desafios do Armazém
Atualmente, os decisores estão a ter mais dificuldade em conseguir que as encomendas dos clientes saiam a tempo do que há três anos atrás, e estão a lutar para manter a precisão e visibilidade do inventário. Também admitem que há uma expectativa de que a entrega das encomendas seja feita mais depressa do que nunca. Com o aumento dos custos de transporte a fazerem-se sentir em mais de 40% dos operadores de armazém, situação que abarca igualmente indústria, transporte, distribuição por grosso, logística e retalho, não pode ser surpreendente quando se considera que os inquiridos indicam que os seus volumes de transporte aumentaram mais de 20%, em média, nos últimos dois anos.

No entanto, tal como os colaboradores, os operadores de armazém veem estes desafios como catalisadores de mudança e crescimento. Entre 2022 e 2025, mais de oito em cada 10 esperam aumentar o número de unidades de armazenagem (SKU) que transportam e o volume de artigos expedidos. Planeiam também expandir as operações de gestão de devoluções, oferecer mais serviços de valor acrescentado, e aumentar as suas pegadas físicas, com o número e o tamanho dos seus armazéns a aumentar.

Embora 61% dos operadores de armazéns também queiram aumentar o número de efetivos no próximo ano para atingir a dimensão adequada das suas forças de trabalho, admitem que encontrar e formar trabalhadores de forma atempada continua a ser um dos grandes desafios. Como consequência desta constatação, mais de oito em cada 10 decisores concordam que terão de confiar mais na automatização no futuro.

 

Equilibrar a balança: Aumentar a força de trabalho com a automatização
Enquanto a maioria dos operadores de armazéns irá implementar AMRs para apoiar as operações de picking (people-to-goods / P2G), automatizando os movimentos de materiais e outros movimentos de inventário, irão também investir em software que ajude a automatizar a análise e a tomada de decisões. Procuram desta maneira aumentar a eficácia e eficiência dos colaboradores e reduzir os custos de mão-de-obra.

“À medida que o ritmo das operações acelera e os fluxos de trabalho se tornam mais complexos, os operadores de armazém concluíram que o tempo médio para conseguir que os trabalhadores atinjam a produtividade máxima é de 4,7 semanas”, afirmou James Lawton, Vice President and General Manager, Robotics Automation, da Zebra Technologies. “Neste momento, os decisores sentem que a iniciativa laboral mais importante é reduzir as tarefas desnecessárias, para que os colaboradores possam concentrar-se em tarefas mais centradas no cliente. Se os operadores de armazém automatizarem com de AMRs e software de otimização do fluxo de trabalho, será mais fácil escalar as operações e cumprir os contratos de nível de serviço à medida que as exigências dos clientes e a disponibilidade de mão-de-obra flutuam”.

 

Satisfação no Emprego e Retenção dos Colaboradores – são subprodutos da Automação
Com os operadores de armazém a planearem aumentar a automatização, alguns poderão dizer que se perderão postos de trabalho. Contudo, os inquiridos do estudo acreditam que a automatização pode ajudar a manter mais pessoas nos seus empregos e a preencher os vazios. Quase oito em cada 10 colaboradores de armazém dizem que andar menos quilómetros por dia tornaria os seus trabalhos mais agradáveis, mesmo que tivessem de escolher ou manusear mais itens, e muitos acreditam firmemente que os AMRs poderiam tornar o trabalho no armazém menos stressantes.

Os decisores devem ter estes números em atenção, uma vez que apenas 41% destes concordam completamente que a implementação de tecnologias de armazém, como a robótica e outros dispositivos, podem ajudar a atrair e reter trabalhadores, embora a maioria dos colaboradores:

  • que trabalham hoje ao lado dos AMRs confirmam que estes ajudaram a aumentar a produtividade e a reduzir o tempo gasto a andar/deslocações (83%), a reduzir erros (73%), e a permitir o avanço para novas funções ou oportunidades (65%).
  • afirmam que são mais propensos a trabalhar para um empregador que lhes dá dispositivos modernos para utilizar em tarefas, em comparação com um empregador que fornece dispositivos mais antigos ou não (83%).

 

“A automatização é a grande responsável pelo equilíbrio, especialmente quando o trabalho é limitado ou durante períodos de pico inesperado ou picos sazonais, quando pode ser difícil escalar rapidamente a mão-de-obra”, acrescentou Wheeler. “O que é interessante é que os colaboradores têm opiniões mais fortes sobre esta matéria do que os operadores de armazém neste momento”.

 

Perspetivas a Cinco Anos para a Tecnologia de Operações de Armazém
85% dos decisores dizem ter implementado soluções de mobilidade para que os trabalhadores da linha da frente possam captar cada movimento de inventário que fazem, e a maioria sente que está a otimizar a utilização dos seus dispositivos para se adequarem à tarefa, segurança e ergonomia. No entanto, os colaboradores do armazém (84%) e os decisores (79%) estão preocupados por poderem não conseguir cumprirem os seus objetivos, a menos que sejam feitos mais investimentos tecnológicos para melhorar as operações, com os colaboradores dos sectores dos transportes (92%) e da logística (88%) a sentirem mais fortemente esta necessidade. Como resultado, mais de seis em cada 10 decisores dizem que irão investir em tecnologias que aumentem a visibilidade do inventário e dos ativos dentro dos seus armazéns e a visibilidade global ao longo das cadeias de abastecimento ao longo dos próximos cinco anos.

Nove em cada 10 esperam que a sua utilização de tecnologias baseadas em sensores, tais como identificação por radiofrequência (RFID), visão por computador, scanners industrial fixos, e machine vision systems, se torne mais prevalecente nos próximos cinco anos. À medida que as empresas investem em tecnologias avançadas que permitem maior visibilidade, orientação em tempo real e desempenho orientado por dados, estão a concentrarem-se no aumento da produtividade das equipas e numa melhor utilização dos bens, equipamentos e pessoas, o que equivale a uma melhoria do bem-estar dos colaboradores e da competitividade empresarial. No entanto, tornar-se-á crítico para os operadores de armazém tornarem-se mais atentos à forma como implementam e integram tecnologias, à medida que digitalizam cada vez mais os fluxos de trabalho e escalam os sistemas. Seguir um roteiro baseado em fases será a chave para uma maturidade estável e sustentável.

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