O Conselho do Café Indiano (Indian Coffee Board ) anunciou o lançamento de um novo marketplace para o sector do café gerido por tecnologia blockchain. O projeto foi lançado pelo secretário de Comércio, Anup Wadhawan; Jose DausterSette, Diretor Executivo, Organização Internacional do Café (ICO) de Nairobi, Quénia; e Rahul Chhabra, Alto Comissário da Índia para o Quénia.
100% do café da Índia é cultivado à sombra, apanhado à mão e seco ao sol. O café do país tem a reputação de ser um produto premium, produzido por pequenos produtores e agricultores tribais adjacentes aos Parques Nacionais da vida selvagem nos Ghats Ocidental e Oriental, dois dos principais pontos críticos de biodiversidade do mundo.
No entanto, a parcela dos lucros vista pelos agricultores é, segundo o Coffee Board, muito pequena, já que há pouca transparência entre o processo de compra e o pagamento (procure to pay). O novo marketplace com tecnologia blockchain pretende trazer transparência à cadeia de abastecimento de café da Índia, mantendo a rastreabilidade do café indiano do grão à chávena, garantindo que os produtores de café sejam justamente compensados pelos seus produtos.
O Conselho do Café Indiano espera que a iniciativa ajude à construção da marca de café indiano como uma bebida premium e de luxo, eliminando a necessidade de intermediários na cadeia de abastecimento vertical.
De acordo com um relatório da CoinTelegraph «a aplicação será inicialmente lançada através de um piloto com um número limitado de produtores durante os próximos quatro a cinco meses. Caso o teste seja bem-sucedido, ele será expandido para todos os produtores do país».
Segundo o Coin Telegraph, a tecnologia Blockchain já foi adoptada por produtores de alimentos nos EUA e na Europa, com o objectivo de criar maior transparência e eficiência nas suas cadeias de abastecimento. Recentemente, «o National Pork Board fez uma parceria com a startup mature.io para testar uma plataforma blockchain para cadeias de abastecimento de carne de porco. A nova plataforma permitirá à direcção monitorizar e avaliar as práticas de sustentabilidade, os padrões de segurança alimentar, a saúde do gado e as protecções ambientais. Em Fevereiro, o presidente francês Emmanuel Macron defendeu o uso do blockchain para trazer inovação a gestão das cadeias de abastecimento da agricultura Europeia. ”