O erro do central

Escrevo dias depois do jogo entre Portugal e a Geórgia para o Euro 2004 em que dois erros cometidos por António Silva, o jovem central da nossa seleção, custaram outros tantos golos e porventura ditaram o desfecho do encontro. As reações, como era de esperar, dividiram-se entre dois campos radicalmente opostos. De um lado, os defensores: “toda a gente erra”, ler mais…

Organizações que aprendem.v2

Os leitores desta coluna já devem ter reparado na minha predileção por associar a liderança à aprendizagem. Esta preocupação com a aprendizagem tem uma razão de ser: vivemos um tempo de rapidíssima evolução, em que o mundo muda a uma velocidade estonteante e aquilo que conhecíamos e que sabíamos fazer ontem já pouco se aplica hoje e ficará totalmente ultrapassado ler mais…

Aprender com os erros

A primeira reação da jovem investigadora foi de perplexidade. Ao contrário da hipótese que ela formulara, os dados revelavam algo surpreendente: as equipas médicas que tinham globalmente o melhor desempenho eram também aquelas que cometiam mais erros. Como explicar este paradoxo? A razão surgiu-lhe mais tarde, após novas pesquisas: aquelas equipas trabalhavam num clima que as fazia sentir-se mais confortáveis ler mais…

Pode um líder ser modesto e humilde?

A imagem dos líderes políticos e empresariais que diariamente nos é servida pela comunicação é invariavelmente de indivíduos extrovertidos, comunicativos, seguros de si, transpirando confiança, sempre com resposta para todas as questões. É natural que assim seja: é esse o comportamento deles esperado de acordo com as normas sociais em que vivemos. Assim, sujeitos à pressão mediática, desdobram-se em entrevistas, ler mais…

O mito do líder providencial

Um dos preconceitos mais arreigados em matéria de liderança é a crença persistente de que o sucesso de uma organização, de um país, de um empreendimento, pode ser atribuído às caraterísticas excecionais do líder. Este mito do “grande homem” esteve aliás na origem de uma das primeiras teorias da liderança – a chamada “teoria dos traços” – que procurou identificar ler mais…

O poder do reconhecimento

A investigação é unânime: o reconhecimento por parte do líder é um poderoso multiplicador do desempenho individual e organizacional. Todos os indicadores – satisfação, comprometimento, produtividade, absentismo, retenção, satisfação dos clientes, etc. – disparam quando os líderes reconhecem regularmente o contributo de cada trabalhador. Infelizmente, muitos líderes ainda acreditam que as recompensas materiais são o único fator que influencia o ler mais…

Liderança e exemplo

Numa aula recente, discutia com os alunos a importância de o líder de uma equipa manter um diálogo contínuo com os seus colaboradores, com frequentes momentos de feedback informal para assegurar o seu comprometimento, orientar e otimizar o seu desempenho e promover o seu desenvolvimento, em contraste com o tradicional e obsolescente processo de “avaliação do desempenho” baseado em sessões ler mais…

Liderança e iniciativa

Na generalidade dos sectores de atividade, os líderes atuam num ambiente em permanente evolução, que os confronta constantemente com cada vez mais “problemas sem dono” – aqueles que, por não terem sido previstos, não se enquadram nas atribuições de nenhuma função ou departamento. As organizações convencionais, estruturadas por áreas funcionais, com delimitações precisas de responsabilidade, não estão equipadas para lidar ler mais…

Que tal falarmos de Seguidança?

“Aquele que nunca aprendeu a obedecer não pode ser um bom comandante”. Esta afirmação de Aristóteles, o filósofo grego cujas ideias mais influenciaram o pensamento ocidental, dá-nos o mote para o tema deste texto: a “seguidança”, um neologismo que foi preciso inventar para traduzir followership, por contraponto à liderança ou leadership. Em contraste com a abundantíssima literatura sobre esta última, ler mais…

Teletrabalho, liderança e confiança: o exemplo tem de vir de cima

Num anterior artigo intitulado “O teletrabalho e o isolamento dos chefes” (LM 175) chamei a atenção para a incompatibilidade entre o teletrabalho e a cultura de “presentismo” que ainda impera em muitas organizações, brincando com a hipótese de os propalados receios em relação ao isolamento dos trabalhadores remotos fosse, na realidade, a expressão do temor de solidão dos próprios chefes, ler mais…