De acordo com o Marketbeat Outono 2022 da Cushman & Wakefield, a atividade ocupacional do setor Industrial & Logística, entre janeiro e junho de 2022, registou um decréscimo de 26% quando comparado com o período homólogo, mas ficou acima do volume da primeira metade de 2020, com uma absorção total de 205.200 m².
Com perto de 30 negócios, a área média por operação aumentou para os 7.600 m², para o qual contribuíram algumas operações de grande dimensão, entre os quais a aquisição da NewCold das antigas instalações da Elos em Palmela com uma área coberta de 40.000 m², o início da construção pela WEG da expansão da sua fábrica em Santo Tirso com 22.700 m² e o arrendamento da Garland na Plataforma Logística de Leiria com uma área de 16.100 m².
Continuando a tendência do ano passado, na primeira metade de 2022 apenas 31% da ocupação correspondeu a projetos desenvolvidos à medida do ocupante, demonstrando um maior dinamismo das operações de venda ou arrendamento. Em relação à distribuição geográfica da procura, mantém-se o domínio das regiões de Lisboa e Porto, que agregaram respetivamente 55% e 18% da absorção. Segundo o relatório, cerca de 40% da absorção em Lisboa ocorreu no eixo Almada – Setúbal (Zona 2) com 44.100 m² e cerca de 60% na absorção no Porto ocorreu no eixo Valongo – Alfena (Zona 3) com 22.700 m².
No que diz respeito à evolução futura da atividade, «no ano que se avizinha, a guerra da Ucrânia e as suas consequências a vários níveis irão continuar a contribuir para um clima de instabilidade da Europa e, consequentemente, menos propensão ao investimento».
Contudo, «o mercado português tem muitos fatores atenuantes a seu favor, nomeadamente uma forte procura, sobretudo nos setores de escritórios e logística, sendo que o país continua a atrair empresas que pretendem instalar-se em Portugal, num contexto de falta de oferta de espaços de qualidade, o que nos faz prever aumentos de rendas».