Numa carta aberta enviada no passado dia 20 de Fevereiro, ao Secretário Geral das Nações Unidas António Guterres, um grupo grande de empresas de transporte marítimo e outras organizações do sector, incluindo a European Community Shipowners’ – Association e a ICS (International Chamber of Shipping), que representa mais de 80% da frota de marinha mercante, apelaram à intervenção das Nações Unidas para conseguir a libertação de 331 marinheiros que continuam retidos a bordo de navios mercantes em portos dos mares Negro de Azov.
“Ao aproximarmo-nos um ano desde o início da guerra na Ucrânia, os co-signatários desta carta escrevem-lhe para destacar os 331 marinheiros ainda presos em navios no Mar Negro e no Mar de Azov. Apelamos às Nações Unidas, e à sua influência diplomática, para que este assunto seja abordado com urgência e à evacuação de todos os marinheiros e navios retidos.
Os nossos marinheiros são o coração da nossa indústria e não podem ser esquecidos. Há 12 meses que são apanhados numa crise que está muito para além do seu controlo. A realização do seu trabalho não pode ser feito à custa das suas vidas.
Reconhecemos e celebramos as Nações Unidas, e a sua liderança, pela Iniciativa que voltou a permitir o escoamento de cereais através do Mar Negro, que foi intermediada com sucesso pela ONU em conjunto com a Turkia e levou ao acordo entre a Ucrânia e a Rússia. Isto permitiu a passagem segura de carregamentos críticos de cereais e fertilizantes da Ucrânia para as populações mais necessitadas, e travou os preços dos alimentos de uma espiral fora de controlo. Estamos empenhados em apoiar o sucesso contínuo da Iniciativa de escoamento de cereais do Mar Negro, contudo isto não pode ser feito à custa da vida de marinheiros inocentes. Há que tomar medidas agora.
Sem os nossos marinheiros, a movimentação dos carregamentos de cereais vitais para fora dos portos ucranianos não teria sido possível. Embora existam desafios à evacuação dos marinheiros e dos seus navios, esta deve, no entanto, ser uma prioridade máxima. Caso contrário, estaremos a arrisca a vida dos nossos marinheiros, e isto é inaceitável.”
Para ver a lista de empresas e outras entidades que subscreveram a carta aberta seguir o link