Retalho e produtos de consumo devem reavaliar enfoque na supply chain e logística

Retalho e produtos de consumo devem reavaliar enfoque na supply chain e logística

31 de Janeiro de 2014

Um novo white paper divulgado pela DHL defende que o sector de atividade do retalho e dos produtos de consumo deve reavaliar o seu enfoque no que concerne as cadeias de abastecimento e de logística, de forma a sobreviver ao “efeito borboleta” dos consumidores disruptores.

 

O estudo identifica os actuais consumidores, com acesso a meios digitais, como uma importante fonte de perturbação nas cadeias de abastecimento e defende a necessidade de se introduzir um nível de flexibilidade na logística do sector que permita gerir essas rupturas de uma forma adaptável aos consumidores e eficiente em termos de custos.

O “efeito borboleta” acontece quando uma pequena mudança num ponto localizado da cadeia de abastecimento provoca consequências mais amplas para o negócio, como seja a perda de clientes ou alterações na reputação da marca, e biliões de dólares de perda nos objectivos empresariais. O documento “Consumer as Disrupter” (O Consumidor como Disruptor) – um relatório da autoria de Lisa Harrington, presidente do grupo lharrington LLC, preparado em parceria com a DHL – identifica as principais tendências que estão a influenciar globalmente o sector, permitindo compreender a necessidade de evolução das cadeias de abastecimento no sentido de as proteger contra tais eventualidades.

Lisa Harrington afirma que “podemos observar que o comportamento de compra dos consumidores está a mudar rapidamente e é muitas vezes imprevisível – potenciado pela internet, pela conectividade móvel e pelo crescente poder de compra – está a transformar a volatilidade e a complexidade na norma e não na excepção no sector do retalho e dos produtos de consumo”.

Da mesma forma, tal como a loja da esquina deu lugar aos grandes armazéns retalhistas, o crescimento global das telecomunicações revolucionou o número de canais à disposição dos consumidores e deu lugar a padrões de compra pelos consumidores altamente voláteis e imprevisíveis. O resultado são canais de venda fragmentados, solicitações escaladas de serviço, ciclos de vida dos produtos mais curtos, maiores pressões sobre custos e margens e novos desafios de produção para as empresas”.

Três grandes tendências estão atualmente a influenciar o sector do retalho e dos produtos de consumo, este relatório identifica os riscos associados a cada um deles. A ruptura big bang e o efeito cascata – a inovação e a revolução Quantum nos ciclos dos produtos, promovidos pelo acesso instantâneo à informação e pela capacidade de consumo, têm a capacidade de instantaneamente romper ou destruir as actuais linhas de produtos ou os mercados; o consumidor digitalmente habilitado – em 2016, os telefones smartphones usados como parte da experiência de compra online podem influenciar até 21% das vendas a retalho apenas nos EUA. Os canais de compra online continuam a evoluir, acrescentando mais incerteza e complexidade ao modelo de negócio do sector do retalho e dos produtos de consumo. É apontado também o crescimento da classe média global – os níveis de rendimento nos mercados emergentes aumentaram 96% entre 2000 e 2010, e prevê-se que cresçam 45% entre 2010 e 2016, acelerando uma onda de consumismo para todos os tipos de produtos, desde os básicos até aos artigos de luxo.

Estas forças estão a promover uma enorme mudança no sector do retalho e dos produtos de consumo, particularmente nas redes de cadeias de abastecimento e de operações.

Tom Kimball, Vice-presidente sénior do global consumer sector da DHL Supply Chain afirma que “neste setor, a resiliência é contigente de ter uma estrutura simples, mas mantendo o acesso a toda a escala e a capacidade numa base “on-call”. É claro que os retalhistas e os fabricantes de produtos de consumo devem repensar as suas cadeias de abastecimento com vista a definir um conjunto de opções, como tolerância aos riscos e a capacidade de suportar a flexibilidade eficiente em termos de custos. Isto permitirá que as suas cadeias de abastecimento sejam suficientemente resilientes para resistir a choques, suficientemente ágeis para responder rapidamente a mudanças súbitas ou inesperadas, suficientemente flexíveis para personalizar produtos e suficientemente eficientes para proteger as suas margens”.

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