A RENAULT TRUCKS iniciou esta semana a produção em série de camiões eléctricos (modelos D e D Wide Z.E.) na fábrica da Normandia, em Blainville-sur-Orne. «É uma semana muito importante e estamos extremamente orgulhosos disso, disse hoje Bruno Blin, presidente da RENAULT TRUCKS.
Estes veículos serão montados na mesma linha que os veículos comuns, apesar de terem alguns módulos especiais. «Obviamente, que já começámos a comercialização destes veículos, da qual já temos uma gama completa. A gama Z.E. começa nas 3,1 toneladas e vai até às 26 toneladas, neste momento, é a mais ampla do mercado. Já estamos a receber pedidos. É exemplo disso, uma encomenda muito grande da Carlsberg (20 viaturas D Wide Z.E.) à qual agradeço a sua confiança», salientou o responsável.
A RENAULT TRUCKS está empenhada em mudar o mercado de pesados para o eléctrico. «Acreditamos que esta é a solução para o futuro», pelo que, como explica Bruno Blin «estamos prontos para oferecer muito mais do que o veículo. Queremos ter uma oferta de financiamento, por exemplo, o que é importante. Bem como ajudar o nosso cliente a construir a infraestrutura à volta do veículo eléctrico. Claro está, o sistema de carregamento. Estamos a fazer parcerias para garantir que poderemos oferecer uma solução completa aos nossos clientes pelo que precisamos de oferecer suporte técnico, porque um camião eléctrico não é um veículo a diesel, precisamos de estudar a actividade do cliente, a sua operação, para garantir que teremos a melhor oferta para os nossos clientes».
Bruno Blin lembra o papel das autoridades nesta questão. «Precisamos adicionar alguns incentivos financeiros às empresas que investem neste negócio e que apoiam este tipo de solução com emissão zero. É necessário termos condições específicas na rua para o veículo que circula na cidade. Usar estacionamentos especiais, talvez a linha de BUS e ter zonas de emissão zero no centro da cidade. De facto, precisamos de ter veículos eléctricos a competir com outros tipos de veículos de emissão zero, porque se tivermos veículos eléctricos a competir com veículos a diesel, será muito, muito mais difícil crescer neste negócio e desenvolvê-lo em cidades como Lyon».
«Penso que este tipo de veículo se encaixa muito bem com a nossa estratégia global que aborda a mobilidade urbana. Hoje, 50% dos veículos que vendemos são usados ou operados em ambientes urbanos e já temos uma quota de mercado bastante grande. Sabemos que a electrificação começará nas cidades. Ao longo de quatro anos investiremos mais de 150 milhões de euros nessa tecnologia. Queremos os Z.E. em todos os segmentos da nossa oferta. O nosso objectivo é vender 10% de veículos eléctricos em 2025», concluiu o responsável da marca.