A Radio Popular abriu um novo centro logístico no Norte do país que conta com processos e tecnologia de última geração. O retalhista passa a responder com maior agilidade e eficiência às encomendas realizadas online, ao fornecimento de produtos às lojas físicas e às entregas ao domicílio.
Com 45 anos de atividade a Radio Popular é uma empresa 100% portuguesa que atua como retalhista na área dos eletrodomésticos, eletrónica de consumo, telecomunicações e informática. Surgiu a 24 de março de 1977, com uma visão que se mantém inalterável desde o primeiro dia: a tecnologia é vital na vida das pessoas. Por isso, a sua missão é proporcionar a todos a melhor tecnologia aos melhores preços. Como refere o retalhista especializado: «Não abdicar deste propósito fez-nos crescer e consolidar como organização e conquistar, como marca, o reconhecimento dos portugueses».
Neste momento a Radio Popular tem 56 lojas físicas em todo o território nacional, incluindo Açores e Madeira. Para além das lojas físicas, a insígnia conta com uma loja online, com um leque de produtos cada vez mais alargado.
Quanto à expansão do número de lojas, em 2020 foi traçado um plano “ambicioso” de novas aberturas de lojas físicas que, apesar da pandemia, está a ser escrupulosamente cumprido. «Este ano já tivemos duas aberturas e estão previstas mais quatro até ao final do ano. Paralelo a este plano, temos a constante ambição de garantir a melhoria continua e remodelação das lojas existentes», adianta a marca.
Centro logístico com mais de 30 mil metros quadrados
Para reforçar a sua capacidade logística, a Radio Popular inaugurou recentemente um novo centro logístico, localizado em Nogueira da Regedoura, em Santa Maria da Feira, numa localização privilegiada ao lado da A1 e da CREP (A41), circular externa do Porto. «O novo centro situa-se num local privilegiado a nível de acessos e a sua localização garante a existência de uma força de trabalho qualificada», conforme adianta o retalhista. Desta forma, a marca conseguirá responder com maior agilidade e eficiência às encomendas realizadas online, ao fornecimento de produtos às lojas físicas e, também, às entregas ao domicílio. Nos últimos dois anos, a Radio Popular mais do que triplicou as vendas online, o que originou um elevado incremento do volume de entregas de produtos ao domicílio.
O novo centro logístico conta com mais de 30 mil metros quadrados, com um pé direito de 12m e está inserido numa área de terreno superior a 73 500m2. Tem capacidade para aproximadamente 13 000 paletes em estante e 7 000m2 livres ao solo para arrumação. O centro dispõe de 26 cais de carga e 20 cais de descarga.
Segundo a Radio Popular, «o novo centro logístico está dotado de meios de movimentação de última geração, adequados ao produto a movimentar e às nossas necessidades, nomeadamente empilhadores retráteis com seletor de altura e com câmara de vídeo e porta-paletes elétricos com plataforma para movimentações ao solo». Ao nível de processos de separação, «efetuamos picking com sistema de alocação (WM) utilizando rádio frequência, estando o sistema preparado para métodos alternativos, nomeadamente voice-picking. Estamos também em fase de teste do equipamento finger-picking (leitor de dedo) que permite ao operador ter mãos livres para um melhor manuseamento do produto. Estamos ainda equipados com robots envolvedores de filme para uma mais eficiente paletização e consolidação das cargas nos processos de abastecimento. As estantes rack são de armazenagem convencional de carga pesada (3000kg p/viga) e de carga ligeira (500kg p/ viga) para artigos de pequeno porte».
De referir que atualmente a Radio Popular gere aproximadamente 14 000 SKUs.
Armazéns de loja prestam apoio às operações logísticas
O centro logístico de Santa Maria da Feira é o primeiro da marca, que dispõe ainda do apoio estratégico de vários armazéns de loja em todo o território nacional, nomeadamente Valongo, Maia, Sintra, Évora e Faro. Estes armazéns de apoio servem de armazenamento provisório e/ou de crossdocking quando existe necessidade.
Em Portugal Continental as lojas são abastecidas no mínimo duas vezes por semana por via rodoviária. Já o abastecimento às lojas nas ilhas é feito semanalmente através de contentores por via marítima. O abastecimento é feito numa base push, dinamizado pelo departamento de compras e de gestão de stocks, de forma a conseguirmos garantir o cumprimento de prazos e disponibilidade de produtos nas lojas. «A maior parte do fluxo é abastecido ao centro logístico, mas também temos abastecimento direto às lojas por parte dos nossos fornecedores quando se justifica», como adianta a Radio Popular. Para as operações logísticas de transporte, a insígnia recorre a parceiros outsourcing.
Agilizar entregas no ecommerce
Sobre a sua estratégica de ecommerce, a Radio Popular garante que «tal como tudo o que fazemos, é focada no cliente e nas suas necessidades. Temos noção que temos um cliente cada vez mais existente e que atuamos num mercado altamente concorrencial». Nesse sentido, no novo centro logístico foi implementada uma zona redesenhada e pensada para a preparação e embalamento de encomendas ecommerce, «sendo que se tem refletido num processo melhorado e uma melhor proposta de valor passada ao cliente». «Temos verificado excelentes resultados ao nível dos tempos utilizados para picking/packing das encomendas. Estamos internamente a trabalhar em mais soluções para uma melhoria contínua do customer service, nomeadamente o same-day delivery».
Para compras em radiopopular.pt de produtos em stock, o prazo de expedição é por norma até 24 horas em dias úteis, após confirmação e validação do pagamento pela Radio Popular. Isto traduz-se numa entrega por norma até 48 horas, com exceção das ilhas. «Estamos constantemente a rever e melhorar os nossos processos, para podermos diminuir estes prazos, sabemos o quão importante isso é para os nossos clientes».
Diversificar os métodos de entrega
A Radio Popular tem verificado uma crescente adesão ao seu canal online, sendo que os clientes valorizam cada vez mais a facilidade e diversidade de escolha no método de entrega. «Atualmente a maior parte dos clientes ainda opta pela entrega no domicílio, no entanto temos verificado um constante aumento de clientes a optarem por métodos alternativos como o click & collect ou picking point. Disponibilizamos ainda aos clientes várias opções que permitem maior flexibilidade nos horários quer para receber e/ou levantar os seus produtos». Segundo a insígnia, os atributos mais valorizados pelos clientes associados às entregas continuam a ser a velocidade, gratuitidade e a previsibilidade.
À semelhança de outros segmentos de produtos, a pandemia «foi sem dúvida um acelerador na adesão ao comércio eletrónico», diz o retalhista, explicando que «assistimos a um aumento exponencial nas vendas através deste canal versus as lojas físicas». No entanto, «estamos atualmente a verificar as lojas físicas a ganharem novamente a sua normal expressão a nível da faturação global, pelo que estamos atentos a um possível cenário de regresso a uma “nova normalidade” pós COVID-19». As vendas online cresceram em termos médios no ano de 2021 entre os 30% e 40% mantendo um crescimento elevado ainda que em desaceleração face ao ano anterior de 2020. «Perspetivamos manter um crescimento na casa dos dois dígitos (entre os 15% e 20%)», adianta a Radio Popular.
A aposta em práticas mais sustentáveis
A sustentabilidade também faz parte do quotidiano da Radio Popular. «Estamos constantemente focados em rever e melhorar os nossos processos e sempre que possível adotamos práticas mais sustentáveis, porque o tema da sustentabilidade é altamente valorizado por nós». Como a marca explica: «efetuamos armazenagem devidamente tríada de todos os REE produzidos em armazém e também das recolhas de usados em casa dos clientes. Em parceria com a gestora de resíduos Ponto Eletrão são depois direcionados para os respetivos centros de reciclagem. As lojas Radio Popular também estão dotadas de meios de acondicionamento próprios onde os clientes podem depositar os resíduos eletrónicos que pretendam. Estamos muito satisfeitos com esta parceria e estamos constantemente focados, juntamente com a Ponto Electrão, em potenciar boas práticas no âmbito da reciclagem».
Também na construção do edifício seguiram-se escrupulosamente vários parâmetros ao abrigo da certificação “BREAAM Internacional New Construction”. O certificado BREEAM é um sistema de avaliação internacional que permite medir o grau de sustentabilidade ambiental dos edifícios. Esta distinção confere ao edifício um caráter de grande comprometimento com o meio ambiente, seguindo políticas de eficiência no uso de energia, água, resíduos, mobilidade, entre outros.
O impacto da guerra na Ucrânia
A juntar-se aos grandes desafios que resultaram da pandemia também a guerra entre a Rússia e a Ucrânia está a causar problemas nas cadeias de abastecimento, nomeadamente ao nível dos custos em geral. Como explica a Radio Popular, «o transporte ainda é uma fatia enorme a nível de custos logísticos e as variações dos preços dos combustíveis tem um impacto muito negativo nos custos de distribuição. De forma, a minimizar esse impacto estamos a adotar medidas internas com o intuito de combater estes custos variáveis, nomeadamente através da otimização de rotas e recursos utilizados na cadeia de abastecimento».
Sobre este tema, a insígnia refere ainda que «a grande pressão sobre a inflação que estamos a vivenciar, especialmente a nível europeu, tem claro impacto negativo no nosso dia a dia. O exponencial aumento dos preços da energia e da generalidade dos preços, impacta bastante e negativamente o comportamento dos consumidores e esse impacto é logo sentido no retalho».
Este artigo foi publicado na edição 184 da Logística Moderna
