Segundo dados da Nielsen, na semana 17, de 20 a 26 de Abril de 2020, numa adaptação da vida em comunidade exemplificada pelo início das emissões da Telescola e pelas comemorações em moldes não habituais do “25 de Abril”, os Bens de Grande Consumo totalizaram neste período vendas na ordem dos 169 milhões de euros, um aumento de 8% face ao período homólogo e uma variação de -1% comparativamente à semana anterior.
Como explica Marta Teotónio Pereira, Client Consultant Senior da Nielsen, «o período em análise demonstra a adaptação dos consumidores à vida em quarentena, na medida em que as vendas de FMCG parecem demonstrar a procura para responder a necessidades que se têm vindo a evidenciar ao longo destas últimas semanas. A preocupação em assegurar uma alimentação com validade alargada e passível de ser conservada por mais tempo e produtos relacionados com a higiene saltam à vista no topo da lista de compras dos Portugueses neste estado de restrição.»
Produtos de maior durabilidade continuam a registar crescimentos
Na Alimentação, o consumo em casa e os produtos de maior durabilidade continuam a ser os de maior crescimento. O destaque, com crescimentos acima da média da categoria, vai para as Bebidas Quentes (+47%), dando o Café um forte contributo para este dinamismo, uma vez que os portugueses se mantinham confinados.
Ainda na Alimentação, os Produtos Básicos (+27%) e os Congelados (+26%) apresentam também crescimentos significativos. As Cervejas/Sidras/Panachés (+15%) e Bebidas Alcoólicas (+10%) impulsionam o crescimento do total das Bebidas.
Embora o total nos Detergentes e Produtos de Higiene nesta semana seja de quebra, os Acessórios de Limpeza (+55%), os Produtos de Embalagem e Conservação (+28%), a Higiene do Lar (+24%) e os Produtos para a Loiça (+23%) revelam incrementos. Já num quadro de queda notória encontramos categorias associadas à vida fora de casa, seriamente refreada ou interrompida, exemplo dos Produtos para Calçado (-44%) e dos Produtos Solares (-91%).
Consumidores optam por lojas de proximidade
Como explica Marta Teotónio Pereira, Client Consultant Senior da Nielsen, «o período em análise demonstra a adaptação dos consumidores à vida em quarentena, na medida em que as vendas de FMCG parecem demonstrar a procura para responder a necessidades que se têm vindo a evidenciar ao longo destas últimas semanas».
A preocupação em assegurar uma alimentação com validade alargada e passível de ser conservada por mais tempo e produtos relacionados com a higiene saltam à vista no topo da lista de compras dos Portugueses neste estado de restrição.
Este fenómeno de regularização encontra-se também visível na tipologia de lojas escolhidas pelos consumidores, com as lojas de proximidade a apresentar um peso superior ao do período pré-COVID, comprovando que os portugueses procuram soluções mais próximas das suas casas, evitando deslocar-se desnecessariamente.