Um novo estudo revelou que 32% das equipas de procurement passaram a reduzir o grau de exigências dos seus critérios de sourcing para garantir o fornecimento, já que 81% se sentem pressionadas por responder aos desafios atuais de forma mais rápida e eficaz.
O estudo “Procurement Under Pressure”: Procurement Bends and Adapts – Will it Break?” que ouviu mais de 170 gestores de procurement e da supply chain, foi patrocinado por Ivalua, e mostra que a maioria dos inquiridos identifica a inflação (88%), as disrupções e as falhas na cadeia de abastecimento (82%) como sendo os fatores principais que pressionam o procurement
O estudo mostra que 52% dos inquiridos estão a dar prioridade à continuidade do negócio e à resiliência operacional em relação a outros objetivos, com 46% a concentrarem-se na satisfação do cliente, serviço e experiência. Dados os atuais desafios do mercado e incertezas geopolíticas, apenas 7% veem os resultados do ESG (Environmental, Social and Governance) como uma prioridade, o que contrasta fortemente com o reforço dos quadros regulamentares (normativos) e as preferências dos consumidores que exigem mais transparência para combater o greenwashing.
“A redução dos níveis de diligência pode conduzir a problemas inesperados de qualidade, de ética ou de sustentabilidade. Cortar cantos e trabalhar com fornecedores de risco pode não só levar a multas ou penalizações legais, mas pode também prejudicar significativamente a marca de uma empresa junto dos consumidores e de stakeholders, como investidores e futuros talentos”, afirmou Alex Saric, director de marketing da Ivalua.
Como os choques sistémicos externos continuam a ter impacto nas cadeias de valor, quase metade dos inquiridos (49%) acredita que as cadeias de abastecimento globais só recuperarão totalmente para os níveis operacionais pré-Covid em 2024 ou mais tarde. No entanto, apesar do aumento da pressão, apenas 21% das equipas de procurement viram aumentar o número de efetivos das suas equipas. Isto levou as equipas de procurement a alterar a forma como se relacionam com os seus fornecedores, colaborando ativamente com os fornecedores (79%) e gerindo de forma ativa o risco acrescido (64%).
“Como o relatório ilustra, uma abordagem digitalizada do procurement é agora mais importante do que nunca para permitir às equipas da cadeia de abastecimento lidar com a pressão contínua de perturbações, ruturas de stocks, inflação, e instabilidade política generalizada sem afetar negativamente outros objetivos”, acrescentou Alex Saric. “As equipas de procurement necessitam de um maior investimento em pessoas, processos e tecnologias para manter os padrões de sourcing, manter os compromissos e valores das políticas de ESG, navegar nos atuais mercados tempestuosos e isolar as suas organizações de ventos adversos futuros”.