A pandemia do coronavírus está a revelar-se um catalisador na digitalização do transporte marítimo, levando a que os stakeholders das supply chains marítimas abandonem os procedimentos manuais e os estejam a substituir por sistemas de gestão de transporte automatizados, que permitam o crescimento dos negócios, de acordo com um estudo recente realizado pela Haven Inc.
Estas são as conclusões retiradas do último estudo “Freight Technologies Market Analysis” publicado pela Haven, um fornecedor líder a nível global de soluções de TMS desenhado especificamente para armadores internacionais. Este demonstrou que o lockdown internacional das empresas tinha posto em evidência os ganhos ao nível de tempo e custos possíveis para os que estivessem dispostos a abandonar o sistema tradicional de gestão muito dependente de papel.
Assim, 35% dos inquiridos afirmaram que o uso de processos manuais causou atrasos, 30% que as cotações demoravam demasiado tempo e 20% que os processos de reserva eram inadequados.
Por sua vez, 42% afirmaram que estavam a pensar fazer uma actualização dos seus sistemas investindo mais na digitalização dos seus processos de shipping internacionais. Com 37% a considerar fazer o upgrade dentro de um a três anos, 12% esperavam fazê-lo entre três a cinco anos e 8% não estavam a pensar actualizar sistemas.
A pandemia criou esta oportunidade, pois com tantas pessoas a trabalhar a partir de casa, as empresas descobriram novas maneiras de fazer os negócios e isso abriu a porta a que estas, começassem a perceber os benefícios das soluções digitais. Esta necessidade estende-se às soluções de TMS digitais, principalmente no caso de empresas que gerem linhas internacionais.
Dos que responderam ao estudo, 51% usavam tanto o transporte marítimo como aéreo para os envios internacionais, 41% usavam apenas o modo marítimo e 6% usavam apenas o transporte aéreo. Da totalidade 2% operavam apenas no mercado doméstico norte-americano.
No entanto, embora um sistema lean e com processos automatizados, fosse visto pela maioria dos inquiridos como a melhor solução, havia obstáculos a ultrapassar. As limitações orçamentais foram consideradas uma barreira à automatização por 35% dos inquiridos, 21% citaram a falta de uma tecnologia adequada, 19% consideram que tinham falta de RH adequados, 13% que não tinham recursos suficientes e 10% que não tinham o apoio da administração.
Pode dizer-se que o estudo conclui que para tornar o comércio internacional o mais eficiente possível, os processos têm de ser optimizados através da tecnologia. Quando o comércio é transparente, os negócios realizam-se mais depressa, os navios saem para o mar com a ocupação máxima e toda a cadeia de abastecimento fica a ganhar.