Portos movimentam menos mercadoria

Os portos de Portugal Continental registaram no mês de agosto um volume de 62,9 milhões de toneladas movimentadas, verificando-se um decréscimo de -4,3% em relação ao período homologo de 2017, segundo informação adiantada pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes. O porto de Sines foi o que mais contribuiu para este desempenho negativo, ao atingir perdas num total de -2,7 milhões de toneladas. No entanto, também Lisboa, Leixões e Setúbal registaram perdas significativas.
Sines continua a manter a liderança com uma quota de mercado de 50,9% do total da carga movimentada, um decréscimo de -2 pontos percentuais face a período igual ao ano anterior. Na segunda posição mantém-se o porto de Leixões, com uma quota de 20,6%, seguido de Lisboa, com 12,6%, Setúbal, com 7,2%, e Aveiro, com 5,8% do total.
O movimento global de Contentores assinala entre janeiro e agosto de 2018 um recuo de -3,5% em número de unidades e de -4,3% em TEU, determinado pelo comportamento dos portos de Sines e Lisboa que perderam, respetivamente, -52 e -29,5 mil TEU, sendo que, em Lisboa, não são alheias as perturbações laborais a que se tem assistido e que levaram à procura de outros portos por parte dos armadores.
Ainda neste segmento, o porto de Sines mantém a liderança com uma quota de 57,8% do total de TEU, inferior em -0,1 pontos percentuais à que detinha no mesmo período de 2017.
Nos portos comerciais registou-se um total de 7230 escalas de navios de diversas tipologias entre janeiro e agosto de 2018, a que correspondeu um volume global de arqueação bruta (GT) de 135,2 milhões (respetivamente -1,5% e -1,6% do que nos primeiros oito meses de 2017).
No que respeita ao número de escalas, assinala-se o facto de apenas Setúbal, Faro e Portimão terem registado um acréscimo, com o primeiro a registar +55 escalas (+5,1%) e os outros +16 e +20, respetivamente.
A variação negativa assinalada na tonelagem global de carga movimentada no período janeiro-agosto de 2018, resultou da conjunção de quebras semelhantes no volume de ambos os fluxos, de entrada e saída, com os embarques a caírem -4,4% para 25,8 milhões de toneladas e os desembarques -4,3% para 37,1 milhões de toneladas, segundo comunicado.
Viana do Castelo, Figueira da Foz, Setúbal e Faro são os portos que apresentam um perfil de porto “exportador”, registando um volume de carga embarcada superior ao da carga desembarcada, com um quociente entre carga embarcada e o total movimentado, no período em análise, de 78,6%, 70,7%, 55,8% e 100%, respetivamente
Estes portos detêm uma quota de carga embarcada que se situa na casa dos 15%, descendo para 10,1% se considerarmos o total da carga movimentada.

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