Os portos do continente movimentaram 29,8 milhões de toneladas de carga nos primeiros quatro meses do ano, com o mês de Abril a crescer 8,8% face a março de 2018, mas a registar um decréscimo de 6,8%, face ao seu homólogo de 2017.
Sines apesar de valer metade do mercado portuário, diminuiu a sua quota em 5 pontos percentuais face a igual período do ano anterior.
O primeiro quadrimestre de 2018 fecha com os portos comerciais do continente a registarem um movimento de cerca de 29,8 milhões de toneladas, volume idêntico ao do último quadrimestre de 2017, ainda que inferior em -9,8% ao seu homólogo desse ano.
No que respeita ao comportamento global negativo registado nos portos comerciais do continente, é determinante a influência do porto de Sines, que registou uma variação de -18%. O comportamento deste porto é reflexo da diminuição no tráfego de Carga Contentorizada (devido ao tráfego de transhipment que registou um decréscimo de -26,3% no volume de TEU movimentados face ao primeiro quadrimestre de 2017), que registou -22,2%, e ainda dos Produtos Petrolíferos, de -15,5%, e do Carvão, de -26%.
Dos restantes portos, à exceção de Leixões e Aveiro, os únicos que registaram crescimentos de +0,4% e +8,7%, respetivamente, atingindo, assim, as respetivas melhores marcas de sempre, tiveram um desempenho negativo (-131 mil toneladas no seu conjunto).
Para além da Carga Contentorizada, que representou 53,4% do total de carga “perdida” face a igual período de 2017 (uma diminuição de -15,2%), também os Produtos Petrolíferos e o Carvão assinalaram variações negativas com -8,5% e -25,2%, respetivamente.
No primeiro quadrimestre deste ano, o movimento de contentores para o conjunto das operações Lo-Lo e Ro-Ro registou uma quebra de -21,6% no volume de TEU. Este comportamento resulta da conjunção das variações de 24,6% nas operações de transhipment e de -2,5% nas operações com o hinterland, nas quais Sines regista um crescimento positivo, de +2,1%.
A carga embarcada, que inclui a carga de exportação, atingiu nos primeiros quatro meses do ano um volume de 12,1 milhões de toneladas, um decréscimo de -10,9% face ao registo verificado no período homólogo de 2017. Destaque para as variações positivas dos portos de Viana do Castelo e da Figueira da Foz, respetivamente de +1,1% e de +12,4%, embora com expressão absoluta pouco significativa dadas as respetivas dimensões. Sines, Setúbal, Lisboa e Aveiro registaram quebras de, respetivamente, -17%, -8,8%, -5% e -13,9%.
Quanto ao volume de carga desembarcada, na qual as importações representam em regra mais de 90%, registou uma quebra de -9%, face ao valor observado no mesmo período de 2017, atingindo cerca de 17,7 milhões de toneladas. Este comportamento foi influenciado pelos desempenhos positivos dos portos de Leixões, Aveiro, Lisboa e Setúbal com variações respetivas de +1,7%, +21,7%, +1,9% e de +5,4%, sendo de realçar Aveiro que registou o mais significativo acréscimo absoluto de carga desembarcada, cerca de 226 mil toneladas, enquanto nos outros portos referidos o acréscimo do volume de desembarques situou-se entre 42 e 64 mil toneladas.
Viana do Castelo, Figueira da Foz, Setúbal e Faro são os portos que apresentam um perfil de porto “exportador”, registando um volume de carga embarcada superior ao da carga desembarcada, com um quociente entre carga embarcada e o total movimentado, no período em análise, de 81,2%, 71,1%, 54,2% e 100%, respetivamente
Realça-se, no entanto, que o somatório do volume da carga embarcada por estes portos representou apenas 14,8% do total, dos quais 9,7% cabem a Setúbal.