O sistema portuário do Continente registou entre janeiro e setembro uma queda de volume de carga movimentada de cerca de 2,76 milhões de toneladas, comparativamente a período igual de 2017, ao atingir um volume de 70,7 milhões de toneladas.
Apesar de liderar o ranking com 51,4% do total, o porto de Sines foi o que mais contribuiu para este desempenho negativo, registando, perdas no valor de 1,1 milhões de toneladas no mercado do Carvão, 920 mil toneladas nos Produtos Petrolíferos e 548 mil toneladas no Petróleo Bruto. Também Lisboa e Setúbal registaram perdas significativas de -404 mil toneladas na Carga Contentorizada e de -222 mil toneladas na Carga Fracionada, respetivamente, representando, no conjunto dos três portos, 71,3% de carga “perdida”.
O porto de Leixões consolida a 2ª posição com uma quota de 20,5%, seguido de Lisboa, com 12,4%, Setúbal, com 7,1%, e Aveiro, com 5,8% do total.
O movimento global de contentores indicia uma recuperação entre janeiro e setembro de 2018 ao movimentar 1,4 milhões de unidades e 2,25 milhões de TEU. Isto deve-se às variações positivas de Leixões e Sines no que respeita ao número de Contentores, onde Sines regista o valor mais elevado de sempre, e Leixões é o responsável pelo bom desempenho em volume de TEU. Nos restantes portos assinalam-se variações negativos, com destaque para Lisboa, reflexo das perturbações laborais, induzindo a transferência de serviços para o porto de Leixões.
A quebra de 2,76 milhões de toneladas verificada no período janeiro a setembro de 2018 resulta de variações negativas quer na carga embarcada, quer na carga desembarcada, de -1,24 e -1,52 milhões de toneladas, corresponde a -4,1% e -3,5%, respetivamente. Em termos de mercados globais de carga é de assinalar um comportamento genericamente negativo em ambos os fluxos, com exceção para a carga Ro-Ro e Produtos Agrícolas nos embarques, com acréscimos respetivos de +34% e +10,4%, e nos desembarques da Carga Contentorizada, com +0,3%, Ro-Ro, +1,6%, Outros Granéis Sólidos, +28,8%, e Outros Granéis Líquidos, +15,2%.
Viana do Castelo, Figueira da Foz, Setúbal e Faro são os portos que apresentam um perfil de porto “exportador”, registando um volume de carga embarcada superior ao da carga desembarcada, com um quociente entre carga embarcada e o total movimentado, no período em análise, de 77,5%, 71,1%, 55,6% e 100%, respetivamente.