“O nosso objectivo é a expansão”
4 de Outubro de 2016
Lançada nos anos 90, no Brasil, a Mercado Eletrônico, plataforma online de vendas entre empresas, ganhou o seu peso e espaço no mundo dos negócios. Na sua passagem de quatro dias por Portugal, Eduardo Nader, fundador e CEO da Mercado Eletrônico, falou com a Logística Moderna sobre a importância das compras e o futuro da empresa.
Entrou em Portugal em 2007, após a aquisição do ForumB2B à EDP e à Galp Energia. Com uma base de dados de mais de um milhão de fornecedores disponíveis e compradores de mais de 20 países, a empresa é palco de transacções que ascendem os 80 bilhões de reais por ano (cerca de 22 mil milhões de euros).
Hoje a missão da Mercado Eletrônico é, essencialmente, ajudar compradores profissionais. Para tal, disponibiliza soluções que são um misto de tecnologia e serviço, tudo em ambiente online e sem qualquer instalação de software na casa do cliente.
A plataforma possibilita a gestão das compras operacionais das empresas, nomeadamente a aquisição de materiais de escritório, equipamentos informáticos ou produtos de limpeza. As ferramentas disponibilizadas permitem “libertar o comprador para um pensamento mais estratégico e menos operacional dentro da empresa, focando-se no seu core business”, diz Eduardo Nader. Como aponta, “as empresas começam a ter a consciência para a importância das compras”.
O foco da Mercado Eletrônico é, essencialmente, as grandes empresas e estruturas, as quais têm uma representação substancial na receita da empresa. No entanto, num mercado como o português, onde mais de 90% do tecido empresarial é constituído por PME, a empresa está a apostar no desenvolvimento de soluções mais leves, direccionadas para empresas que compram em menores quantidades.
Em traços gerais, Eduardo Nader salienta que ao apostarem nestas ferramentas, as empresas conseguem alcançar ganhos operacionais de 90%. Já na questão do procurement é possível atingirem um aumento de eficiência também de 90%. Na parte do sourcing os ganhos não são tão acentuados, no entanto, também se registam importantes poupanças. Actualmente, a taxa de permanência na plataforma é de 99%, sendo que, “uma vez que os clientes experimentem, já não voltam atrás”, diz.
Quanto ao futuro, o gestor sublinha que o crescimento é feito com os pés no chão, normalmente ancorado no crescimento dos próprios clientes. Depois de Portugal, a empresa está a apostar nos EUA, onde já tem alguns clientes, e noutros países da América Latina. A aposta noutros países não está descartada. “Estamos a reforçar parcerias com outras empresas e consultoras que poderão levar as nossas soluções até ao cliente e agregar valor na ponta do processo”, diz.
Leia o artigo na íntegra na edição impressa de Setembro da Logística Moderna.