O Grupo SIMAB foi um dos membros europeus da União Mundial de Mercados Grossistas (WUWM) que subscreveram esta segunda-feira, em Paris, uma declaração conjunta que pretende reforçar a colaboração entre si e aumentar a sua visibilidade junto das instâncias europeias e internacionais.
«Esta cerimónia conclui um intenso debate sobre o futuro dos mercados abastecedores na Europa, em que Portugal participou ativamente, ao mesmo tempo, o que é mais relevante, significa o início de um novo tempo», diz, neste âmbito, Rui Paulo Figueiredo, CEO do Grupo SIMAB, considerando que este é o «tempo em que os mercados europeus vão trabalhar na partilha de experiências e de boas práticas, aproveitando sinergias institucionais e comerciais, para a modernização e inovação, para o incremento do comércio internacional e do comércio eletrónico, e também junto das instituições da União Europeia».
Assinada no Ministério da Agricultura francês por todos os mercados europeus membros da WUWM – 120 mercados, representando 22 países europeus –, a “Declaração de Paris” destaca a importância do modelo de mercado abastecedor para assegurar políticas chave da UE, como a segurança alimentar, a economia circular, fornecimento, distribuição e rastreabilidade de produtos frescos para os cidadãos europeus, mas acima de tudo a função fundamental dos mercados grossistas na valorização da produção agrícola e na salvaguarda do modelo agrícola europeu baseado na diversidade dos seus produtos.
De acordo com a WUWM, os mercados são os principais intervenientes na cadeia agroalimentar da União Europeia (25 milhões de toneladas de produtos frescos, cerca de 40% da oferta de frutas e vegetais, 200 milhões de consumidores europeus) mas são frequentemente esquecidos pelas instituições europeias e internacionais em comparação com outros intervenientes no sector alimentar (agricultores, retalhistas, supermercados).
«Supermercados, hipermercados e lojas multinacionais têm interesse em reduzir a diversidade da cadeia de suprimentos, pois simplifica e facilita o controle de compras e “stocks”; é, pois, importante que os consumidores continuem a ter uma seleção de produtos o mais ampla possível e, neste contexto, os governos europeus e instituições internacionais têm um papel a desempenhar na melhoria do conhecimento e compreensão dos consumidores sobre a diversidade de produtos frescos e de alta qualidade», afirmam.
Com esta declaração, os mercados comprometem-se a aumentar a sua cooperação para melhorar a regulamentação do setor, a fim de aumentar o seu desempenho e competitividade, desenvolver inovações para promover a alta tecnologia e continuar a apoiar a produção agrícola europeia, promover a alta qualidade de distribuição de produtos frescos no UE, bem como a investir no desenvolvimento de novos desafios no setor (mercados digitais, logística limpa e circuitos de cadeia curta, rastreabilidade de produtos, gestão de resíduos, produtos orgânicos, etc.).