A MEDWAY é uma das empresas signatárias da declaração conjunta da Associação Europeia do Transporte Ferroviário de Mercadorias (ERFA) que apela à Comissão Europeia e aos Estados-Membros para reforçarem o apoio à promoção do transporte ferroviário de mercadorias, que é o mais eficiente e limpo em termos energéticos.
Esta declaração sucede a uma primeira, emitida em 2020, que apelava à priorização da transição modal – uma mudança que é, agora, ainda mais urgente, face aos constrangimentos de que a EU padece em termos de energia.
As 21 signatárias, às quais se juntam a eurodeputada Karima Delli, Presidente da Comissão de Transportes do Parlamento Europeu, e Josef Doppelbauer, Director Executivo da Agência Ferroviária da União Europeia, declaram que a quota modal do caminho-de-ferro (16,8% na UE) não aumentou nos três anos que passaram desde a declaração conjunta original e que é urgente apoiar o transporte ferroviário de mercadorias em toda a Europa, com a finalidade de atingir o objetivo desejado de 30% de quota modal até 2030.
“A ferrovia, além de ser o transporte mais amigo do ambiente, que permite economizar tempo e reduzir o tráfego nas estradas, é também o meio com mais potencial para acelerar as transições verdes e energéticas e para reduzir a dependência da EU da energia fóssil. Assim, a assinatura da MEDWAY desta declaração conjunta, além de um apelo aos governantes, é também um compromisso da parte da empresa em contribuir para um sector logístico cada vez mais verde e sustentável”, justifica Bruno Silva, director-geral da MEDWAY e signatário da declaração conjunta.
No documento, as signatárias enumeram um conjunto de propostas de medidas para apoiar o transporte ferroviário de mercadorias, suportadas pelas vantagens deste modo face aos concorrentes. “O consumo de energia do transporte ferroviário de mercadorias é 7 vezes inferior ao rodoviário e 9 vezes melhor em termos de emissões de CO2”, pode ler-se na carta.
Assim, preconizam as signatárias a adoção de uma abordagem multimodal em relação a legislação importante, como seja a revisão da Diretiva relativa aos pesos e dimensões dos veículos rodoviários, a limitação do custo da eletricidade para o transporte ferroviário de mercadoras, a redução das taxas de acesso à via férrea, o direcionamento de investimentos de maior envergadura para infraestruturas e material circulante, digitalização e novas tecnologias ou a coordenação internacional das obras e restrições de capacidade, que são algumas das ideias apresentadas.
Para as signatárias, “o transporte ferroviário de mercadorias deve ser considerado como a espinha dorsal da logística europeia, tanto por razões ambientais, como de poupança de energia”.