O município de Grândola vai receber um dos maiores parques logísticos privados em Portugal, tornando-se um hub chave que irá reforçar a supply chain euro-atlântica, que acaba de ser reconhecido como Projeto de estatuto de Potencial Interesse Nacional (PIN) pela CPAI (Comissão Permanente de Apoio ao Investidor).
A Qantara Capital, empresa privada suíça de investimento e consultoria, é a entidade responsável pelo desenvolvimento do Grândola Logistics Park – Euro Atlantic (GLPEA), que promete “ser um game-changer na indústria logística a nível nacional e europeu”.
Trata-se de um investimento de centenas de milhões de euros numa área de 130 hectares divididos em megalotes, com um total de 670.000 metros quadrados de área de construção destinados a logística, indústria e serviços, 300.000 metros quadrados para infraestruturas adjacentes e 330.000 metros quadrados para áreas verdes.
O GLPEA está ligado à via rápida IC1, a 8km do centro do município de Grândola e da autoestrada A2, a 100 km de Lisboa. O projeto tem também ligação ferroviária direta ao Corredor Internacional Sul, que por sua vez conecta o Porto Internacional de Sines a Espanha. Com estação ferroviária privada, o GLPEA funcionará como uma plataforma intermodal, uma porta de entrada para a Europa e para o Atlântico.
Segundo os promotores, o GLPEA “é a plataforma ideal para empresas que procuram otimizar a sua produção e logística e que simultaneamente pretendem melhorar o seu desempenho ambiental”. O GLPEA promove a oportunidade, aos seus ocupantes, de implementarem novos parâmetros de certificação para green building e na garantia da sustentabilidade das suas operações. Esta política verde será fortemente assegurada pela aposta em energia solar e consumo inteligente dos vários recursos.
“É para nós uma enorme honra e um verdadeiro selo de qualidade termos sido considerados um Projeto PIN. Vamos construir a maior plataforma logística privada de Portugal e uma das mais verdes da Europa. A par da expansão no e-commerce e nearshoring, os eventos desde 2020 destacaram a importância estratégica do corredor comercial euro-atlântico, onde Portugal está a tornar-se protagonista. A escala, a localização e a intermodalidade do GLPEA refletem esta nova realidade. Com o GLPEA estamos de facto a criar um novo hub logístico naPenínsula Ibérica e saudamos o apoio da AICEP para o fazer,” salienta Hadrien Fraissinet, CEO da Qantara Capital.
Com o GLPEA serão criados cerca de 1.000 novos postos de trabalho até ao final do projeto e a Câmara Municipal de Grândola espera acolher o mesmo número de residentes diretamente associados ao projeto.
“Entre os principais objetivos da autarquia de Grândola está a atração de investimento com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento socio-económico e, consequentemente, aumentar a qualidade de vida da nossa população. A construção do GLPEA está totalmente alinhada com estas prioridades. Mais importante ainda, este projeto proporcionará a diversificação do turismo de uma forma sustentável,” refere António Figueira Mendes, Presidente da Câmara Municipal de Grândola.
Nuno Torcato, diretor da área Industrial e Logística da CBRE Portugal e Miguel Alvim, diretor da área de Promoção Imobiliária da CBRE Portugal, comentam que: “O GLPEA surge para dar resposta a uma crescente procura de espaços de dimensão, flexíveis e alinhados com os mais altos padrões a nível de ESG. Portugal é cada vez mais um destino de players internacionais e as características deste especificas deste projeto bem como as suas extraordinárias ligações rodoviárias e ferroviárias ao Porto de Sines bem como a Lisboa, Porto e Espanha irão ajudar a consolidar Portugal como destino preferencial para empresas industriais e intervenientes do sector de supply chain a nível mundial”.
A construção de GLPEA deverá arrancar já em 2023, com o início das operações previsto para
2024.