Nos quatro primeiros meses de 2020, as insolvências aumentaram 4,5% face a 2019, enquanto as constituições decresceram 34,6%. Os dados são avançados pela Iberinform que diz que só em Abril, a criação de novas empresas teve um recuo significativo superior a 74%, consequência da pandemia de coronavírus e das limitações de actividade impostas ao abrigo do estado de emergência. Até final de Abril, registaram-se 1.745 acções de insolvências, mais 75 que em 2019.
Por tipologia de acções, o acumulado deste ano evidencia um aumento de 32,4% nas declarações de insolvência apresentadas pelas empresas cujo valor evoluiu de 364 em 2019 para 482 em 2020. As declarações de insolvências requeridas por terceiros, contudo, diminuíram 3,5%, enquanto as insolvências declaradas (encerramento de processos) decresceram 3,3%.
O distrito do Porto apresenta o maior número de insolvências, 429, ainda assim um valor inferior ao de 2019 (-1,2%). Segue-se o distrito de Lisboa com 354 insolvências e um ligeiro aumento face ao ano passado (0,6%). O pódio em valores absolutos é preenchido por Braga com 211 insolvências e um incremento de 14,1%. Os aumentos mais significativos pertencem, contudo, a Angra do Heroísmo (100%), Portalegre (83,3%), Castelo Branco (66,7%), Santarém (33,9%), Faro (32,4%) e Viana do Castelo (30,4%). Apenas cinco distritos fecham o primeiro quadrimestre de 2020 com valores inferiores ao período homólogo do ano passado: Horta (-50%), Guarda (-35,7%), Coimbra (-31.3%), Setúbal (-18,7%) e Porto.
Os aumentos de insolvências por sectores fazem-se sentir em sete das treze categorias, com as subidas mais significativos a verificarem-se nos sectores de Electricidade, Gás, Água (100%), Agricultura, Caça e Pesca (46,2%) e Hotelaria e Restauração (15%). Com diminuição face a 2019 destacam-se as Telecomunicações (-50%), a Construção e Obras Públicas (-16,5%), o Comércio de Veículos (-12,3%) e os Transportes (-2,5%).