Grupo de trabalho indica que Portugal deve investir cerca de 5 mil milhões em infra-estruturas até 2020

Grupo de trabalho indica que Portugal deve investir cerca de 5 mil milhões em infra-estruturas até 2020

29 de Janeiro de 2014

Portugal deverá investir 5.103,8 milhões de euros em infra-estruturas até 2020. Esta é uma das conclusões do relatório final do grupo de trabalho para as infra-estruturas de elevado valor acrescentado, divulgado pelo “Jornal de Negócios”, terça-feira, e cuja discussão pública arranca hoje através do site do grupo de trabalho.

 

lhoO mesmo documento define um total de 30 projectos prioritários e considerados estratégicos para o sector logístico nacional – 18 destes projectos referem-se ao sector marítimo, oito ao ferroviário, dois ao rodoviário e dois ao aeroportuário. O documento final está disponível no site do grupo de trabalho em www.ieva.pt

O ferroviário deverá receber a maior fatia dos investimentos, com 2,815 milhões de euros. Aqui, segundo o “Jornal de Negócios”, destacam-se como investimentos os projectos de conclusão do plano de modernização da Linha do Norte, modernização da Linha da Beira Alta, de Cascais, bem como o corredor Aveiro-Vilar Formoso. A falta de electrificação de algumas zonas é tida como aspecto a considerar.

No caso do marítimo, com um investimento calculado em 1,595 milhões, destacam-se o novo terminal de contentores de águas profundas de Lisboa, a expansão do terminal XXI em Sines e a ampliação do terminal de contentores Sul de Leixões. O grupo aponta como constrangimentos actuais as “deficientes condições de recepção de navios, limitações de capacidade e ligações inexistentes ou insuficientes linha férrea e plataformas logísticas”

No aéreo destacam-se a abertura de um novo terminal de carga no aeroporto de Lisboa. Neste ponto, o site “Dinheiro Vivo” salienta os projectos do novo terminal de carga da DHL em Lisboa e o projecto “ Integrators – Fedex” que visa melhorar a articulação logística nos aeroportos de Lisboa e Porto. Segundo o documento, existe falta de espaço apropriado à instalação de infra-estruturas de empresas integradadoras.

Por fim, no rodoviário são apontados constrangimentos na malha rodoviária nacional, congestionamentos de tráfego nos acessos às grandes cidades e sinistralidade. A conclusão do túnel do Marão e da ligação Coimbra-Viseu no IP3 são as duas medidas apresentadas.

É também apontada a falta de integração entre a rede ferroviária portuguesa e espanhola, a falta de concorrência nos portos e a falta de estratégia integrada para as principais infra-estruturas logísticas, no que aos aeroportos diz respeito.

Importa salientar que do valor total a investir, 61,4% (3.132 milhões) têm origem nos fundos comunitários, 28% (1.428,1 milhões) pelo Governo e 10,6% (543,6 milhões) pelos privados. O grupo de trabalho analisou 89 projectos, dos quais seleccionou estes 30. A listagem prévia do Governo contava com 238 intenções de investimento.

O grupo de trabalho, constituído em Agosto de 2013, é liderado por José Eduardo Carvalho, presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP). Este grupo foi constituído tendo em vista a avaliação dos projectos de investimento em infra-estruturas estratégicas para os países dentro do quadro comunitário de apoio para o período entre 2014-2020. Este grupo é constituído por representantes da CIP, ANMP, AICEP, IMT, LNEC, APOL, APLOG, APP, CPC, CP, Takargo, Refer, EP, ANTROP, ANTRAM e ANTP.

> Site do IEVA

> Relatório Final

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