A Gasnam e a Autoridade Portuária de Ceuta realizaram hoje em Espanha uma jornada onde se analisou os benefícios ecológicos e económicos da utilização do gás natural liquefeito (GNL) no transporte marítimo.
Rafael Rodríguez presidente da Autoridade Portuária de Ceuta adiantou que «o uso do GNL será uma necessidade de futuro para atingir os objetivos de redução de emissões da Organização Marítima Internacional e o Porto de Ceuta tem de estar preparado para este novo cenário do tráfico marítimo».
A partir de 1 de Janeiro de 2020 o limite de enxofre permitido no combustível marítimo passar é de 3,5% para 0,5%. Já Víctor Jiménez, representante de Espanha na Organização Marítima Internacional (OMI) afirmou que: «Esta medida revela o compromisso da OMI em assegurar um transporte marítimo que cumpra com as suas obrigações ambientais. Recentemente, a OMI também emitiu uma resolução que proíbe os navios de transportar fuelóleo não regulamentado destinado à propulsão ou operação da embarcação. «É uma realidade que o uso de GNL é uma das opções para atender aos limites de enxofre e outros limites de emissão no transporte marítimo que podem vir no futuro», disse Victor Jimenez.
Entre as novas medidas que poderiam ser implementadas a médio prazo, o representante da Espanha perante a OMI mencionou a criação de uma zona SECA no Mediterrâneo. Esta possibilidade, como referiu, deve servir como um incentivo para «aumentar a aposta de GNL em navios».
Eugenia Sillero, secretária geral da Gasnam recordou que os 125 sócios da Gasnam, entre os quais se encontram companhias de navegação, autoridades portuárias, fabricantes de veículos, universidades, entre outros, estão convictos de que o gás natural e o gás renovável devem desempenhar um papel relevante na resposta aos desafios que se colocam à sociedade actual, assegurando a qualidade do ar e a descarbonização dos transportes.