Segundo o Jornal The Guardian, o Eurotunnel declarou estar preparado para um Brexit sem acordo, ao mesmo tempo que apresentou 13 milhões de libras em novas infra- estruturas para fazer face ao controlo de passaportes ou inspecções adicionais que seja necessário fazer.
Depois de dois anos de preparação, muitas vezes sem qualquer apoio de qualquer governo, e de milhões de libras gastos em planos que podem nunca vir a ser necessários, a empresa mãe a Getlink, disse estar preparada para tudo. Está confiante que mesmo em caso de falta de acordo vai conseguir escoar o tráfego pelo túnel sem atrasos.
Estando certa que as novas infra-estruturas e o pessoal extra contratado, vai permitir que as inspecções animais exigidas pela UE podem ser acomodadas, sem grandes disrupções.
De acordo com plano de contingência no valor de 20 milhões de libras implementado pelo Governo Frances em Janeiro, o Eurotunnel foi designado como a fronteira oficial para cavalos e outros animais de grande porte.
O puzzle de novos controlos no lado francês do canal estabelece, por exemplo, que o peixe britânico seja inspeccionado perto de Boulogne, enquanto outros produtos frescos o serão a alguns kilometros de distância noutro centro de inspecções perto do Porto de Calais. As autoridades francesas têm estado a fazer exercícios, para garantir que a declarações alfandegárias são processadas rapidamente. As autoridades Britânicas, por outro lado, já declararam que não irão inspeccionar quaisquer bens.
Para além das novas infra-estruturas, o Eurotunnel apresentou dois novos corredores um laranja e outro verde. Os camiões que necessitem de ser inspeccionados serão dirigidos para o corredor laranja, onde há instalações para inspecções aduaneiras, sanitárias e fito-sanitárias, incluindo armazéns com temperatura controlada onde um camião pode ser totalmente descarregado de forma segura.
Do lado francês, foi criado um parque para 100 camiões, o que representa 50% do tráfego por hora. No entanto, esta quinta feira não foi um dia típico para o Eurotunnel, pois os funcionários aduaneiros estavam em greve o que causou filas com 23 milhas de Calais até à fronteira da Bélgica. Sendo que estas perturbações já duram há três semanas. Embora esta situação nada tenha a ver com o Brexit , servem de exemplo do possível impacto disruptivo e risco colocado por um não acordo.