Europa entre os mercados imobiliários mais transparentes do mundo
27 de Julho de 2016
A Europa domina o ranking dos mercados imobiliários mais transparentes a nível mundial, com seis países europeus posicionados no top 10 global, de acordo com o 2016 Global Real Estate Index (GRETI), produzido pela JLL e pela LaSalle Investment Management. Dos 109 mercados imobiliários globais analisados neste estudo, dois terços registaram progressos nos níveis de transparência ao longo dos últimos dois anos.
O Reino Unido (1º) é o mercado imobiliário mais transparente a nível mundial, liderando o grupo dos mercados de Elevada Transparência no qual também se encontram a França (5º), a Holanda (7º), a Irlanda (8º), a Alemanha (9º) e a Finlândia (10º). A França consolidou a sua posição no grupo líder graças aos avanços que registou em termos de contexto legal e regulamentar, ao mesmo tempo que a Alemanha integra, pela primeira vez, a classificação de Elevada Transparência, subindo três posições em relação a 2014 devido às melhorias verificadas no setor das cotadas. Logo a seguir ao Top 10, a Polónia (13º) é um dos mercados europeus que mais se destacou nesta classificação, saltando quatro posições desde 2014 e aproximando-se dos mercados core da Europa ocidental.
Portugal consolida a sua presença no grupo dos mercados “Transparentes”, o qual só é superado pelo grupo de países que ocupam os 10 primeiros lugares deste Índice, classificados como de “Elevada Transparência. O país, que nesta edição ocupa a 27ª posição do ranking global, ficou, no entanto, limitado no seu potencial de evolução, devido sobretudo à conjuntura económico-financeira que afetou a zona Euro. Portugal, à semelhança dos outros países da Europa do Sul, foi um dos mais afetados pela crise na Europa e está ainda numa fase de recuperação, o que, de acordo com a JLL, teve impacto na sua capacidade de evolução.
Para Pedro Lancastre, diretor geral da JLL Portugal, “o facto de Portugal não ter subido nesta edição do ranking global de transparência imobiliária não pode ser atribuído a nenhum retrocesso na capacidade do mercado imobiliário nacional, mas apenas a fatores externos. O mercado, pelo contrário, tem conquistado cada vez mais a confiança de investidores, promotores e ocupantes corporativos, como se pode ver pelos níveis de atividade ocupacional e volume de investimento captado nos dois últimos anos”.