Os retalhistas e os operadores logísticos têm vindo a impulsionar a procura por novos espaços para armazenamento, fortalecendo este segmento. Contudo, a procura tem superado a oferta. No final do segundo trimestre, a taxa de ocupação de espaços logísticos na Europa situava-se nos 95,4%, gerando o aumento dos valores das rendas destes espaços e comprimindo as yields logísticas na Europa.
No final do terceiro trimestre deste ano, o retalho apresentou-se, de uma forma geral, como o segmento que foi menos capaz de atrair investidores. Contudo, o subsegmento da alimentação, incluindo supermercados e armazéns relacionados com comércio alimentar, registou um nível significativo de procura diz a consultora.
Quanto à logística na Europa, antevê-se o aumento dos valores das rendas ao longo dos próximos 12 a 18 meses, principalmente em mercados core, devido a uma oferta escassa que não consegue ainda corresponder a uma procura crescente. Como explica a Savills este segmento regista maiores níveis de crescimento em mercados em que o comércio electrónico regista maior taxa de penetração, como nos países nórdicos, Países Baixos e França.
A Savills prevê que o próximo ano começará de forma «bastante positiva», beneficiando não só do resultado de algumas operações iniciadas ainda em 2021, mas também da capacidade de investimento acumulada pelos investidores durante o período de pandemia e de restrições à movimentação transfronteiriça de capital. Tendo em conta estas previsões, o volume de investimento imobiliário em 2022 poderá mesmo atingir níveis semelhantes aos observados no período anterior à pandemia.